MORTÁGUA, JOANA; CASTELLO BRANCO, MARIA E PERALTA, SUSANA (2024). REFLEXÕES SOBRE A LIBERDADE – IDENTIDADES E FAMÍLIAS. 1.ª EDIÇÃO, AGOSTO DE 2024. ALFRAGIDE: OFICINA DO LIVRO. ISBN: 978-989-581-244-8
DOI:
https://doi.org/10.26619/1647-7251.16.01.2Abstract
Para falar sobre a obra Reflexões sobre a Liberdade – Identidades e famílias (2024) é necessário mencionar a obra Identidade e Família: Entre a consistência da tradição e as exigências da modernidade (2024). Após a sua célebre apresentação na Livraria Buchholz pelo antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, o Identidade e Família (2024) ganhou relevância nacional. De facto, o teor dos textos que compõem esta obra, associados às questões do combate de uma “ideologia de género”, a “cultura de morte” e a defesa da “família tradicional”, reacenderam o debate mediático sobre questões de género, identidade e diversidade. Simultaneamente, com a tentativa de retrocesso em direitos sociais na agenda de novas formações populistas de direita radical, este debate torna-se cada vez mais relevante não só para a Ciência Política como para a sociedade civil. Quanto à obra em análise, Reflexões sobre a Liberdade (2024), as três coordenadoras – Joana Mortágua, Maria Castello Branco e Susana Peralta – sublinham, logo na sua introdução, que não deverá ser vista como uma “resposta” ou um “ataque” ao Identidade e Família (2024). Joana Mortágua, deputada eleita pelo Bloco de Esquerda, Maria Castello Branco, integrante do podcast “Lei da Paridade” e candidata pelas eleições legislativas e europeias em 2019 pela Iniciativa Liberal, Susana Peralta, Professora na NOVA SBE e colunista pelo Público, apresentam-se como três mulheres com idades, percursos e opiniões diferentes, unidas na defesa da diversidade, liberdade e democracia. De facto, o objetivo maior desta obra é, como notado pelas coordenadoras: “Antes nos inscrevemos numa saudável dialética de acolhimento da diversidade de projetos de vida numa democracia liberal e da centralidade de tal desígnio na construção de uma melhor democracia.” (p. 11)
