“JOINT INVESTIGATION TEAMS”. O COMBATE À CRIMINALIDADE TRANSNACIONAL: BALANÇO OPERACIONAL PORTUGUÊS (2018-2021)

Autores

  • BRUNO MIGUEL OLIVEIRA GARCÊS

DOI:

https://doi.org/10.26619/1647-7251.15.1.6

Palavras-chave:

Criminalidade transnacional, Cooperação Internacional, Eurojust, Equipas de investigação conjunta, Investigação Criminal

Resumo

A globalização e a evolução das sociedades e do mundo, criaram inúmeras oportunidades a diversos níveis. Vimos os Estados progredirem, a procurarem alianças de variadas índoles (estratégicas, tecnológicas, militares, económicas, entre outras). Mas, não foram só os estados a beneficiar desta evolução natural, o mundo paralelo do crime, acompanhou esta tendência, superando-a por vezes. A atividade criminosa alastrou a sua esfera de influência, passando da realidade nacional à transnacional, muita das vezes corrompendo organismos e autoridades públicas, com o fim de obtenção de poder e lucro. Para fazer face a esta nova realidade, surgem entidades supra estatais, alicerçadas no esforço conjunto das nações para a prevenção e combate a este flagelo. A Europol e a Eurojust, são exemplos a nível europeu da cooperação internacional no sector securitário e judiciário. No âmbito desta cooperação, surgem as Joint Investigation Teams (JIT), ou Equipas de Investigação Conjunta, equipas vocacionadas para a investigação transnacional de criminalidade organizada. Procedemos à análise da atividade das autoridades portuguesas em investigações com a sua participação em JIT, com base nos relatórios anuais da Eurojust, entre 2018 e 2021, e comparamos esta atividade com outros países, próximos da nossa realidade criminal, suportados pelo Global Organized Crime Index. Verificamos que Portugal tem recorrido a esta ferramenta de cooperação, cada vez mais importante no combate ao crime transnacional. Mas, está longe da realidade de outras nações no que concerne a atividade operacional desenvolvida nestes quatro anos de análise.

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Biografia Autor

BRUNO MIGUEL OLIVEIRA GARCÊS

Oficial de Polícia, Subcomissário da Polícia de Segurança Pública, a exercer funções na Divisão de Investigação Criminal do Comando Metropolitano do Porto (Portugal). Doutorando em Relações Internacionais: Geopolítica e Geoeconomia, na Universidade Autónoma de Lisboa e Investigador do ICPOL (ISCPSI /PSP). Mestre em Ciências Policiais pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), pós-graduado em Ciências Forenses, Investigação Criminal e Comportamento Desviante pelo Instituto CRIAP – Porto, licenciado em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Auditor do XV Curso de Defesa para Jovens do IDN, conta ainda com diversas formações nas áreas de Investigação Criminal e Ciências Forenses, destacando-se o 1º Curso de Especialização Estratégica em Investigação Criminal , 35º Curso de Investigação Criminal, ministrados pelo Departamento de Investigação Criminal da PSP, entre outros.

Publicado

2024-05-27

Edição

Secção

ARTIGOS