THE ARCTIC COUNCIL AND THE RUSSIAN SPHERE OF INFLUENCE: DECONSTRUCTING THE RUSSIAN SOFT POWER AND ECONOMIC AMBITIONS IN THE ARCTIC

Resumo

O Conselho do Ártico (AC) é a única instituição credível para a colaboração no Ártico, e as crescentes tensões geopolíticas podem perturbar as funções do Conselho, uma vez que os assuntos militares estão fora do âmbito da jurisdição do Conselho. A Federação Russa (RF) detém uma participação significativa no Extremo Norte (HN) devido à sua extensa costa e população ártica. A política ártica da Rússia tem as suas raízes numa mistura de ambição económica, afirmação da soberania e desenvolvimento da Rota do Mar do Norte (NSR). Apesar do potencial de poder duro da RF, Moscovo projeta-se como um parceiro proativo para a cooperação no HN. O artigo argumenta que, apesar da militarização, o envolvimento da Rússia no AC reflete uma preferência pelo poder brando para promover objetivos económicos, embora as tensões relacionadas com a Ucrânia possam comprometer essa estratégia, uma vez que retratam a RF como um agressor na política internacional. A esfera de influência (SOI) excludente de Moscovo, enraizada na política da Guerra Fria, resiste ao envolvimento de Estados não árticos. A principal questão que este artigo procura abordar é por que razão a Rússia afirma a sua soberania no contexto da HN, ao mesmo tempo que favorece o uso das suas estratégias de poder suave. O artigo aplica uma revisão temática da literatura e uma análise qualitativa das declarações da AC para chegar à conclusão de que a Rússia demonstra o seu poder suave através de iniciativas ambientais e da inclusão das Comunidades Indígenas (IC) na AC. O artigo analisa as ambições russas no Ártico em meio ao aquecimento da geopolítica e tenta substanciar seu objetivo central de explorar a política de soft power russa na região. O artigo também avalia várias dimensões dos interesses russos no Ártico e seu comportamento dentro do AC. Além disso, o artigo explora a ideia de uma SOI russa através de uma perspetiva construtivista. A crescente importância do Ártico e a hegemonia russa na região exigem uma análise abrangente do CA e da sua relação com a RF.