OVERLAPPING ORGANISATIONS AND EMERGING POWERS: INDIA’S SELECTIVE ENGAGEMENT THROUGH THE LENS OF FORUM SHOPPING

Resumo

O período pós-Segunda Guerra Mundial deu origem não só a uma expansão das organizações internacionais, mas também das organizações regionais, resultando na proliferação de organizações sobrepostas, tanto a nível global como regional (Panke e Stapel, 2018; Reinsberg & Westerwinter, 2023). Este fenómeno de sobreposição também abre espaço para a escolha do foro mais favorável, levando os Estados a navegar entre diferentes organizações de acordo com os seus interesses (Busch, 2007; Hofmann, 2018). A Índia, como potência emergente, tem uma abordagem dupla, comprometendo-se com organizações globais e, ao mesmo tempo, envolvendo-se ativamente com organizações regionais. Assim, a Índia participa ativamente em organizações internacionais como a ONU e a OMC, ao mesmo tempo que desempenha um papel ativo na formação de instituições regionais como a SAARC, a BIMSTEC e a RCEP. Assim, o estudo contribui para a literatura sobre organizações sobrepostas, com foco na estratégia de forum shopping, para compreender como a Índia, como potência emergente, navega entre organizações sobrepostas para contribuir para os esforços regionais e globais, maximizando os seus interesses nacionais. Este artigo argumenta que o comportamento da política externa da Índia reflete uma manobra estratégica de forum shopping que se envolve seletivamente com organizações sobrepostas com base no desenho institucional, na adesão e na utilidade específica da questão. O estudo emprega o rastreamento de processos desde o início da década de 1990 para mapear as mudanças históricas e estratégicas da Índia no envolvimento organizacional, como a mudança da SAARC para a BIMSTEC ou a sua retirada da RCEP, para descobrir os mecanismos causais e as motivações por trás das estratégias institucionais da Índia. As conclusões demonstram que a racionalidade da política externa da Índia não é nem um recuo exclusivo do multilateralismo nem um simples alinhamento com as grandes potências, mas sim uma estratégia adaptativa para promover os interesses nacionais através da diversidade institucional e da substituição regional.