EMERGING INTERNATIONAL SYSTEM: EMERGING POWERS AND REGIONAL MULTIPOLARITY IN THE CASE OF TURKEY
DOI:
https://doi.org/10.26619/1647-7251.DT0525.1Palavras-chave:
Sistemas Internacionais, Potências Emergentes, Multipolaridade Regional, TurquiaResumo
Este estudo propõe uma nova abordagem para compreender a ordem mundial pós-Guerra Fria, examinando a estrutura em mudança do sistema internacional através do quadro conceptual da multipolaridade regional. Baseando-se em teorias sistémicas das relações internacionais e no conceito de multipolaridade institucional multinível, o artigo argumenta que as potências emergentes procuram cada vez mais os seus interesses nacionais através de instituições regionais, em vez de globais. A análise, tomando a Turquia como exemplo, mostra que as potências emergentes estão a expandir a sua influência política, económica e cultural, instrumentalizando as organizações regionais, mantendo as suas relações com as instituições globais. A análise define quatro princípios fundamentais da multipolaridade regional. Em primeiro lugar, as organizações regionais abrangem não só a dimensão económica, mas também a política, a segurança e a cultural. Em segundo lugar, as potências emergentes reforçam a sua autonomia regional, mantendo a sua adesão global. Em terceiro lugar, estabelecem e lideram estruturas regionais independentemente das superpotências e, por último, envolvem-se em interações estratégicas dentro de múltiplos blocos regionais. O estudo argumenta que o aumento das organizações regionais, lideradas por potências emergentes, sugere que a ordem global está a evoluir para um sistema internacional multipolar baseado em organizações regionais, definido como “multipolaridade regional”.
