THE BREAK IN RUSSIAN–AMERICAN RELATIONS: ANALYZING THE DIPLOMATIC TRAIL TO THE IRAQ WAR
DOI:
https://doi.org/10.26619/1647-7251.16.2.11Palavras-chave:
Política externa russa, Guerra do Iraque, Conselho de Segurança da ONU, diplomacia, relações russo-americanasResumo
Este estudo é uma tentativa de analisar o processo diplomático que conduziu à Guerra do Iraque e a divergência nas relações entre a Rússia e os Estados Unidos, com foco nas atividades diplomáticas em Janeiro, Fevereiro e Março de 2003. Para tal, o artigo discute a oposição da Rússia ao uso da força militar, com referência à evolução da sua doutrina de política externa e, mais especificamente, às suas relações complexas e de longa data com o regime Baath no Iraque. Após essa discussão, o artigo argumentou que essa oposição teve origem em preocupações realistas, pressão interna e diferenças doutrinárias. Dessa forma, argumentou-se que os gestos diplomáticos do Kremlin se inclinaram para o multilateralismo, a não intervenção e o Conselho de Segurança da ONU como mecanismos que poderiam garantir os seus interesses. No entanto, a análise das declarações do presidente russo e dos diplomatas sugeriu que estes foram cuidadosos para não prejudicar as relações entre a Rússia e os Estados Unidos. Portanto, a Rússia tirou partido do consenso antiguerra na ONU, pois aumentou o custo da ação militar unilateral e impediu um confronto diplomático direto com Washington. Seguindo esses argumentos, concluiu-se também que o resultado desse prelúdio diplomático foi um sinal precoce da multipolaridade no século XXI.
