MEIO AMBIENTE E ECONOMIA DE COOPERAÇÃO NA TRÍPLICE FRONTEIRA AMAZÔNICA. O CASO DO POVO TIKUNA NO BRASIL, COLÔMBIA E PERU
DOI:
https://doi.org/10.26619/1647-7251.16.1.21Palavras-chave:
Povos Tikuna, Amazônia, economia de cooperação, preservação ambiental, Tríplice fronteiraResumo
O artigo resume um estudo em curso sobre tribos indígenas da Amazônia e a forma como estas superam os desafios, desde a preservação ambiental até a sustentabilidade das comunidades. O problema formulado tem o intuito de compreender os impactos socioambientais e culturais emergentes da denominada "economia de cooperação" dos Tikunas e os fluxos econômicos globais na fronteira Brasil-Colômbia-Peru. É abordado como essa relação gera conflitos e adaptações, mas também reconfigura territórios em meio à preservação da floresta. O objetivo é analisar a intercepção entre a “economia de cooperação" e a exploração econômica que ocorre na tríplice fronteira da Amazônia (Brasil-Colômbia-Peru), reconfigurando dinâmicas socioambientais e culturais, determinando os mecanismos de adaptação, resistência e conflitos diante das pressões internacionais que afetam a governança territorial. A pesquisa, de caráter exploratório, segue uma abordagem multidisciplinar que associa perspectivas das relações internacionais, ecologia e economia, valorizando uma epistemologia indígena. Foi seguida uma investigação bibliográfica e estudo de campo através do método qualitativo de análise. Para prossecução dos fins de análise da interação entre a preservação ambiental, os hábitos de vida Tikunas e as necessidades econômicas locais, foram utilizadas técnicas como o inquérito e o estudo de campo. Os primeiros resultados favorecem a compreensão dos conflitos entre expansão económica e manejo da floresta amazónica no meio de complexidades inerentes à gestão sustentável de terras de preservação, respeitando culturas indígenas e desafios económicos regionais.