O DESFASAMENTO ENTRE POLÍTICA E ESTRATÉGIA MILITAR: UMA ANÁLISE AO IRAQUE (2006-2007) E AFEGANISTÃO (2009)

Autores

  • LUÍS BARROSO

DOI:

https://doi.org/10.26619/1647-7251.14.1.6

Palavras-chave:

Guerra, política, estratégia militar, relações civis-militares

Resumo

Compreender o desfasamento originado pela atividade civil-militar e seus efeitos na estratégia é um contributo essencial para a prática da estratégia. Partindo da análise de casos de valor intrínseco para esta investigação, avalia-se a prática da estratégia para demonstrar que o desfasamento entre política e estratégia militar resulta do facto de a guerra, como variável dependente da política, assumir variações imprevisíveis, que obriga a que a estratégia, como variável interveniente e como atividade resultante das relações civis-militares, seja definida como teoria do sucesso. Este argumento está baseado em três explicações para a existência daquele desfasamento: (1) a natureza da guerra influencia a natureza e a eficácia da estratégia militar, porque os atores envolvidos atuam num ambiente de imprevisibilidade; (2) a estabilidade e a coerência da relação entre política e guerra, materializada na prática da estratégia militar, obriga a considerar que a razão da estratégia é o sucesso; (3) a eficácia das relações civis-militares é determinante para diminuir as tensões naturais entre a ação política e a ação militar. Conclui-se que a estratégia militar, como resultado do domínio das relações civis-militares, segue as dinâmicas da complexa relação entre política e guerra.

Biografia Autor

LUÍS BARROSO

Coronel Tirocinado do Exército Português (Portugal) e professor de Estratégia e História Militar no IUM. Qualificado com o Curso de Estado-Maior pelo IAEM; Qualificado com o Curso de EstadoMayor de las Fuerzas Armadas de España. Doutor em História, Defesa e Relações Internacionais pelo ISCTE-IUL. Investigador no Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL

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Publicado

2023-05-30

Edição

Secção

ARTIGOS