ALTERAÇÕES DE ESTRUTURA NOS MERCADOS: O EXEMPLO DO PETRÓLEO

Autores

  • LUÍS AGOSTINHO
  • CRISTINA VIEGAS
  • HENRIQUE MORAIS

DOI:

https://doi.org/10.26619/1647-7251.16.1.5

Palavras-chave:

Alterações de estrutura, futuros WTI, metodologia de Bai & Perron, petróleo

Resumo

A importância dos combustíveis fósseis na oferta mundial de energia e a relação entre as suas flutuações e os fenómenos geoeconómicos e geopolíticos, tornam aliciante analisar as forças maiores por detrás do comportamento, amiúde inesperado, do preço do petróleo. É objetivo deste trabalho estudar os acontecimentos socioeconómicos contemporâneos a alterações de estrutura no preço do petróleo, que com elas possam indiciar relações de causalidade. Neste estudo é utilizada a metodologia de Bai & Perron para a deteção de alterações de estrutura. A amostra consiste em observações dos preços de fecho de contratos de futuros negociados nos EUA, West Texas Intermediate, correspondentes a várias maturidades. Três pontos são por nós identificados como essenciais sobre a formação do preço do petróleo. Em primeiro lugar, observa-se o impacto significativo de fatores macroeconómicos, especialmente os mais relacionados com a procura, como principais impulsionadores de alterações de estrutura nos mercados de petróleo. Também é assinalada a influência da OPEP na determinação dos preços, realçando o seu papel proeminente no panorama global do petróleo, embora com menor impacto nas alterações de estrutura identificadas. Por fim, a pesquisa sugere que, num contexto mais amplo, eventos geopolíticos tendem, por norma, a não desencadear alterações estruturais significativas no mercado do petróleo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

LUÍS AGOSTINHO

Licenciado em Gestão de Empresas pela Faculdade de Economia da Universidade do Algarve (FE UAlg). Mestre em Finanças pela FE UAlg. Quadro do Banco de Portugal (Portugal), desempenha funções no Departamento de Emissão e Tesouraria. As suas áreas de interesse são os mercados energéticos.

CRISTINA VIEGAS

Licenciada em Gestão de Empresas pela Universidade do Algarve, possui um Mestrado em Gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade de Lisboa e um Doutoramento em Gestão, com especialização em Finanças e Contabilidade, pela Universidade do Algarve. Atualmente, é Diretora da Licenciatura em Gestão de Empresas na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve (Portugal), onde também é professora. Leciona unidades curriculares na área das finanças nos cursos de Licenciatura em Gestão de Empresas, em Economia e em Matemática Aplicada à Economia e Gestão, bem como nos Mestrados em Finanças e em Gestão de Marketing. A sua pesquisa foca-se em mercados financeiros, derivados financeiros, opções reais e matemática financeira. Tem publicado o seu trabalho em várias revistas nacionais e internacionais, como Quantitative Finance, The Journal of Risk Finance, Tourism - An International Interdisciplinary Journal e o International Journal of Financial Studies.

HENRIQUE MORAIS

Licenciado em Economia pela Universidade Técnica de Lisboa / Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). Mestre em Economia Internacional pelo ISEG. Doutor em Relações Internacionais: Geopolítica e Geoeconomia pela Universidade Autónoma de Lisboa. Quadro do Banco de Portugal (Portugal), onde desempenha funções de Coordenador da Área de Inovação e Suporte do Departamento de Mercados. Foi Presidente da Comissão Executiva e Administrador da Invesfer S.A., uma empresa do Grupo REFER, e ainda Administrador e Diretor Executivo da CP Carga. Professor na Universidade Autónoma de Lisboa, UAL (nos Departamentos de Ciências Económicas e Empresariais e Relações Internacionais) e no MBA em Corporate Finance da Universidade do Algarve. É ainda membro do Observatório de Relações Exteriores da UAL, onde tem estado envolvido em vários projetos de investigação, bem como na participação assídua nas várias edições do Janus -Anuário de Relações Exteriores.

Publicado

2025-05-20

Edição

Secção

ARTIGOS