O QUE PORTUGAL PRETENDE NO SAHEL: SEGURANÇA OU NOTORIEDADE?

Autores

  • TIAGO BOTELHO DOS SANTOS

DOI:

https://doi.org/10.26619/1647-7251.15.2.14

Palavras-chave:

Sahel, Segurança, Notoriedade, Portugal, Relações África-UE

Resumo

O terrorismo transnacional no Sahel tem levado, desde 2012, a um aumento nas migrações de refugiados para o Norte de África e Europa e com isto o perigo da radicalização dentro destes dois espaços tem aumentado de forma acentuada. Para a UE, isto representa um grande perigo à estabilidade regional que deve ser suprimido rapidamente e, para tal, a comunidade europeia tem procurado intervir na região de modo a combater o extremismo e a violência. Já Portugal, que não tem sido diretamente afetado por esta crise, tem sido bastante participativo nas iniciativas regionais e procurado garantir junto da OTAN e da ONU, a elaboração e manutenção de um plano de resolução do conflito no Sahel de forma a garantir uma pacificação da região. Porém, sem um plano estratégico definido para a região e sem qualquer consequência direta desta mesma instabilidade em território nacional, surge a dúvida sobre quais as motivações portuguesas. Neste sentido, a presente investigação incide sobre a análise das razões para a intervenção portuguesa no Sahel, procurando perceber as preocupações de Portugal na região para a segurança nacional, regional e inter-regional, e para o seu posicionamento internacional de forma a melhor percecionar as motivações por detrás dos atos.

Biografia Autor

TIAGO BOTELHO DOS SANTOS

Investigador do CEI-ISCTE (Portugal) e Bolseiro de Investigação do CCCM. Atualmente frequenta o Doutoramento em Estudos Internacionais no ISCTE-IUL e é Bolseiro de Investigação pelo Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), numa bolsa em conjunto com a FCT. É licenciado em Estudos Asiáticos pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa desde 2020, e mestre em Ciência Política e Relações Internacionais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa em 2022. A sua principal área de estudo são as interações chinesas com a Ásia do Sul, com enfoque nas relações entre a China e o Paquistão como base de suporte de expansão da BRI, e o estudo da China no contexto internacional. Outras áreas de interesse envolvem o estudo de complexos securitários e relações de interdependência securitária entre atores e agentes internacionais, tendo já desenvolvido obra no assunto.

Publicado

2024-11-27