O QUE PORTUGAL PRETENDE NO SAHEL: SEGURANÇA OU NOTORIEDADE?
DOI:
https://doi.org/10.26619/1647-7251.15.2.14Palavras-chave:
Sahel, Segurança, Notoriedade, Portugal, Relações África-UEResumo
O terrorismo transnacional no Sahel tem levado, desde 2012, a um aumento nas migrações de refugiados para o Norte de África e Europa e com isto o perigo da radicalização dentro destes dois espaços tem aumentado de forma acentuada. Para a UE, isto representa um grande perigo à estabilidade regional que deve ser suprimido rapidamente e, para tal, a comunidade europeia tem procurado intervir na região de modo a combater o extremismo e a violência. Já Portugal, que não tem sido diretamente afetado por esta crise, tem sido bastante participativo nas iniciativas regionais e procurado garantir junto da OTAN e da ONU, a elaboração e manutenção de um plano de resolução do conflito no Sahel de forma a garantir uma pacificação da região. Porém, sem um plano estratégico definido para a região e sem qualquer consequência direta desta mesma instabilidade em território nacional, surge a dúvida sobre quais as motivações portuguesas. Neste sentido, a presente investigação incide sobre a análise das razões para a intervenção portuguesa no Sahel, procurando perceber as preocupações de Portugal na região para a segurança nacional, regional e inter-regional, e para o seu posicionamento internacional de forma a melhor percecionar as motivações por detrás dos atos.