Janus https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus <p><strong>JANUS.NET</strong><em><strong>, e-journal of International Relations</strong></em> é a revista científica, com edição apenas online, bilingue, de acesso livre e gratuito, editada pelo OBSERVARE - Observatório de Relações Exteriores , unidade de Investigação em Relações Internacionais da Universidade Autónoma de Lisboa. </p> <p><a href="https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/issue/archive">Ver Todos os Números &gt;</a></p> pt-PT Janus SUN BIN (2023). AS LEIS DA GUERRA. LISBOA: EDITORA GRÃO-FALAR. ISBN 978-989-35434-2-9. https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/96 <p>A obra “As Leis da Guerra”, de Sun Bin, editada recentemente para Portugal pela Editora Grão-Falar, e apresentada no passado dia 14 de março de 2024 no Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), em Lisboa, insere-se na Série Sínica dedicada aos textos clássicos de autores chineses, em que Sun Bin se enquadra perfeitamente.</p> LUÍS MANUEL BRÁS BERNARDINO Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.01.1 TURKEY-CYPRUS: PROMETHEUS UNBOUND OR THE CATHARSIS OF AFRODITE? https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/92 <p>We know the origin of the unit dealing with external relations of the European Commission’s General Secretariat is Turkey’s application for membership in the Customs Union in 1959. The proclamation of the Republic of Cyprus as an independent republic impacted the development of the relationship between the EEC and Turkey (Katselli, 2006). The Ankara Agreement’s preamble “resolved to preserve and strengthen peace and liberty by the joint pursuit of the ideals underlying the Treaty establishing the European Economic Community.” Alain Peyrefitte reports that De Gaulle examined the Ankara Association agreement with Turkey from a long-term strategic perspective in the context of the wall’s fall and tended to subsume the EEC under a French confederalist design on Europe1. This is the likely origin of the provision in the 1964 agreement: the EU does not exclude the possibility of Turkey acceding the European Communities2. Thus, Franco-German interests and security strategies were at stake from the outset of Turkey’s relationship with Europe. From the EUI archives, it transpires there were concerns among the EC member states about the state of development of Turkey and the implications for the EU policies and budget of Turkish accession to the EEC. These concerns are also reflected in the Ankara agreement. This was not going to change. The interrelationship between the Franco-German structured rivalry and European integration is starting to be studied systematically and in more detail3. It is not unlikely that the timing of adopting the Elysée-treaty forging the Bonn-Paris axis followed the failure of negotiations linked to the German question4. It was subsequently resolved as part of NPT negotiations that the German quest for atomic parity would unfold within a European framework through the note submitted by Willy Brandt to the NPT conference.5 What has been lacking is a study into the relationship between EU Foreign Policy-making, the Structured Franco-German rivalry, and European law.</p> CHRISTIAN ILCUS Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.01 FRONTEIRAS DA REPÚBLICA DE ANGOLA – RASTOS DA CONFERÊNCIA DE BERLIM https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/93 <p>A República de Angola, localizada na região Austral de África, possui uma extensão territorial de 1.246.700 km2. Faz fronteira com as Repúblicas do Congo e Democrática do Congo ao Norte, com as Repúblicas da Zâmbia e do Congo Democrático a Leste e com a República da Namíbia a Sul. “O país é banhado pelo Oceano Atlântico numa extensão de 1.650 km, a oeste” (Mbunga, 2014, p. 27). Conta no presente com dezoito Províncias e está em curso uma iniciativa do Executivo que propõe a alteração da divisão político administrativa conducente à criação de mais Províncias, num total de duas.</p> EDMAR DA SILVA PAÍM Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.02 ENVIRONMENTAL AND SOICIO ECONOMIC IMPLICATIONS OF ENERGY USAGE IN KWALI TOWN, FCT, ABUJA, NIGERIA https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/94 <p>Energy resources in Sub-Saharan Africa (SSA) is more than enough to satisfy its overall energy requirements if they are well developed and evenly distributed, but unfortunately SSA remains the central point of global energy poverty. Presently, around 588 and 783 million persons in SSA do not have access to clean energy sources like solar powered electricity, wind, and geothermal energy for lighting and cooking fuels respectively. The situation even becomes overwhelming in the context of climate change given the fact that the current energy system of most SSA countries is dominated by fossil fuels and traditional biomass.</p> YAHAYA NASIRU OGUCHE CHRISTOPHER JOSEPH Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.03 FROM GEO-ECONOMICS OF THE “ASIA-PACIFIC” TO GEO POLITICS OF THE “INDO-PACIFIC” https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/95 <p>Crafted over the last 60+ years, the member states of the EU, or most of them, have always had a very Cartesian, legal formalistic view of regionalism. They have taken, not unreasonably, a certain degree of pride in their regionally integrative bona fides. This pride was underwritten by a Balassian logic of progressive economic integration, especially in the last two decades of the 20th, and the now clichéd assumptions about the relevance of Europe’s “normative power. These positions were accompanied by an unstated assumption that processes of regional development in other parts of the world would, even if slowly, progress along a similar path to that espoused in Europe. The assumption was that the European model was exportable.</p> RICHARD HIGGOTT Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.04 FROM ALLIANCE BUILDING TO STRATEGIC PARTNERSHIPS: A HISTORICAL ANALYSIS OF DEFENCE DIPLOMACY https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/73 <p>A diplomacia de defesa, no âmbito da esfera do Estado, está a registar um rápido crescimento devido aos interesses geopolíticos e geoeconómicos dos blocos de potências emergentes em todo o mundo. O presente artigo tem por objetivo fornecer um contexto histórico abrangente das atividades significativas realizadas no quadro da diplomacia de defesa moderna. A questão central da investigação explora a forma como as atividades de diplomacia de defesa moldaram o panorama das relações internacionais. Verifica-se que estas atividades, como os intercâmbios militares, os exercícios e a cooperação, com raízes na antiguidade, adaptaram se continuamente para moldar a história e continuam a ser relevantes nas complexas relações internacionais de hoje.</p> FAIQ HASSAN KHALID NAEEM AHMED Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.1 THE REGIME SECURITY AND ALLIANCE POLITICS IN THE MIDDLE EAST https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/74 <p>Este artigo procura compreender de forma sistemática a lógica das alianças instáveis no Médio Oriente árabe pós-revolucionário. Com que base é que os Estados do Médio Oriente estabelecem alianças entre si e que variáveis influenciam a sua política de formação de coligações fluidas? Contrariamente às abordagens tradicionais que explicam a natureza das alianças através de variáveis como o equilíbrio de poder, a anarquia, a identidade e as ameaças externas, a compreensão dos mecanismos e das complexidades empíricas da política de formação de alianças dos Estados do Médio Oriente vai, no entanto, além dessas variáveis. O presente estudo propõe a utilização das teorias da aliança nas relações internacionais como uma abordagem à "segurança do regime", um quadro integrado alternativo para compreender as raízes da aliança no Médio Oriente. Apesar das mudanças na política internacional e regional, o principal interesse de cada um dos Estados do Médio Oriente continua a ser o de assegurar a sobrevivência e a segurança do seu regime político. As opções de relações externas e alianças dos Estados do Médio Oriente baseiam-se na sua ação dinâmica para manter a segurança do regime no poder contra potenciais ameaças internas e externas. Nesta situação, as alianças são formuladas como coligações transnacionais entre potenciais aliados para garantir a sobrevivência dos regimes políticos. Para testar a ideia principal do artigo, é discutido um estudo de caso de alianças regionais no Médio Oriente.</p> AMER ABABAKR Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.2 COMPARATIVE ANALYSIS OF MEDIATION IN SOME FOREIGN COUNTRIES AND UZBEKISTAN: POTENTIAL QUESTIONS AND PROPOSALS https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/75 <p>Atualmente, não é segredo que os métodos alternativos de resolução de litígios, tais como a mediação, são amplamente utilizados em todo o mundo. No entanto, segundo a experiência de alguns países, ainda existem problemas na prática da aplicação e introdução da mediação. Este artigo é dedicado à aplicação de métodos alternativos de resolução de litígios e à análise comparativa entre alguns países desenvolvidos e a República do Usbequistão. A autora analisa a utilização de métodos alternativos de resolução de litígios no Uzbequistão e as suas características. O objetivo desta investigação é discutir e desenvolver soluções para problemas comuns relacionados com a aplicação e implementação de métodos alternativos de resolução de litígios. O presente trabalho também fornece respostas a potenciais mal entendidos, identifica os problemas associados à utilização do procedimento de mediação e desenvolve formas de os resolver.</p> ASAL HAYRULINA Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.3 NATO E OPINIÃO PÚBLICA EUROPEIA: FATORES MEDIÁTICOS DEFINIDORES DE CONFIANÇA https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/76 <p>Num contexto político internacional em plena transformação face à invasão da Ucrânia pela Rússia, a NATO vê o seu papel recentrado no debate público europeu. Desta forma, é crucial compreender o papel dos media nas atitudes que os cidadãos europeus têm sobre esta instituição. A presente pesquisa tem como objetivo medir o papel dos media na adesão dos cidadãos da União Europeia à ação da NATO. Para tal consideram-se os indicadores de confiança na NATO, confiança nos media tradicionais e digitais, bem como da frequência de utilização dos media do Eurobarómetro de janeiro e fevereiro 2022, que contou com um total de 26.681 participantes oriundos dos 27 Estados-membro da UE, com amostras representativas. A principal descoberta da pesquisa sugere que os media têm relevo na adesão dos europeus à ação da NATO. Verificou-se que nas vésperas da invasão da Ucrânia pela Rússia a maioria dos europeus confiava na NATO. Mais, a evidência empírica obtida revela que existe grande probabilidade de um cidadão europeu confiar na NATO quando a montante confia nos media tradicionais. Outros resultados relevantes passam pelo facto de a confiança nos media digitais, bem como o seu uso serem bons preditores da confiança na NATO. Subsidiariamente conclui-se que os homens e entre estes os mais instruídos, constituem o núcleo dos cidadãos europeus que mais propensão têm em confiar na NATO.</p> JOÃO CARLOS SOUSA ANA PINTO-MARTINHO NUNO AMARAL JERÓNIMO Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.4 ANÁLISE COMPARATIVA DA COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA - NATO VERSUS TURQUIA - NO INÍCIO DA INVASÃO DA UCRÂNIA EM 2022 https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/77 <p>No dia 24 de fevereiro de 2022 a Rússia lançou uma operação militar especial no leste da Ucrânia. Vários países e organizações internacionais reagiram com mensagens de condenação. Neste artigo, foi definido como objeto de estudo as comunicações oficiais da NATO e da Turquia durante as primeiras três semanas após o início da guerra a 23 de fevereiro de 2022, partindo da questão inicial: terão existido diferenças na comunicação da NATO e da Turquia sobre a invasão da Ucrânia e, em caso afirmativo, que fatores poderão ter motivado estas diferenças? Foram realizadas análises de conteúdo a 26 comunicados do Secretário Geral da NATO e a 31 comunicados do Governo Turco emitidos entre 24 de fevereiro e 17 de março de 2022. Nos resultados foram detetadas diferenças significativas na utilização das palavras-chave mais relevantes. A linguagem insuficientemente crítica e assertiva da Turquia permitiu-lhe manter um jogo-duplo, beneficiando, por um lado, da sua proximidade a Moscovo, sem descurar, por outro lado, a sua posição na NATO. Por outro lado, a NATO modelou a sua comunicação de forma a sublinhar que esta ameaça à segurança da Europa evidencia que o reforço de uma aliança defensiva, forte e coesa, continua a ser um aspeto central das políticas de defesa nacional dos seus estados-membros.</p> FAUSTO BRITO E ABREU ANA OLIVEIRA E PINHEIRO JÚLIO N’NAQUIDANQUE FERNANDO RITA Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.5 “JOINT INVESTIGATION TEAMS”. O COMBATE À CRIMINALIDADE TRANSNACIONAL: BALANÇO OPERACIONAL PORTUGUÊS (2018-2021) https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/78 <p>A globalização e a evolução das sociedades e do mundo, criaram inúmeras oportunidades a diversos níveis. Vimos os Estados progredirem, a procurarem alianças de variadas índoles (estratégicas, tecnológicas, militares, económicas, entre outras). Mas, não foram só os estados a beneficiar desta evolução natural, o mundo paralelo do crime, acompanhou esta tendência, superando-a por vezes. A atividade criminosa alastrou a sua esfera de influência, passando da realidade nacional à transnacional, muita das vezes corrompendo organismos e autoridades públicas, com o fim de obtenção de poder e lucro. Para fazer face a esta nova realidade, surgem entidades supra estatais, alicerçadas no esforço conjunto das nações para a prevenção e combate a este flagelo. A Europol e a Eurojust, são exemplos a nível europeu da cooperação internacional no sector securitário e judiciário. No âmbito desta cooperação, surgem as Joint Investigation Teams (JIT), ou Equipas de Investigação Conjunta, equipas vocacionadas para a investigação transnacional de criminalidade organizada. Procedemos à análise da atividade das autoridades portuguesas em investigações com a sua participação em JIT, com base nos relatórios anuais da Eurojust, entre 2018 e 2021, e comparamos esta atividade com outros países, próximos da nossa realidade criminal, suportados pelo Global Organized Crime Index. Verificamos que Portugal tem recorrido a esta ferramenta de cooperação, cada vez mais importante no combate ao crime transnacional. Mas, está longe da realidade de outras nações no que concerne a atividade operacional desenvolvida nestes quatro anos de análise.</p> BRUNO MIGUEL OLIVEIRA GARCÊS Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.6 THE IMPLICATIONS OF INCREASING MILITARY SPENDING ON HUMAN SECURITY: A GLOBAL PERSPECTIVE https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/79 <p>A guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que teve início em 24 de fevereiro de 2022, aumentou as preocupações sobre as implicações do aumento das despesas militares na disseminação de armas e na segurança mundial. Desde os ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos, os estudos indicam que as despesas militares do Estado aumentaram, suscitando preocupações entre os decisores políticos em todo o mundo. Por conseguinte, o objetivo deste estudo é investigar de que forma um aumento das despesas militares pode afetar tanto a segurança humana como a proliferação de armas. Os dados para este estudo foram recolhidos de fontes secundárias, utilizando uma abordagem de investigação histórica, e foi utilizada a análise de conteúdo para analisar os dados. Este estudo defende que o aumento das despesas militares tem efeitos prejudiciais para a segurança humana numa variedade de contextos, incluindo as componentes política, sócio-psicológica e económica da vida quotidiana. No plano económico, os fundos que poderiam ser utilizados para aumentar o bem-estar dos cidadãos são, em vez disso, gastos na compra de equipamento e software militares. No domínio político, resulta em invasões e no financiamento de guerras por procuração, enquanto na frente social provocou hostilidade e preocupações entre as nações. Por fim, este estudo recomendou, entre outras coisas, a necessidade de esforços colectivos por parte dos Estados membros das Nações Unidas, através da segurança colectiva, para pressionar os Estados prevaricadores.</p> ZEKERI MOMOH Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.7 THE COUNCIL OF EUROPE, THE MOTOR OF THE EUROPEAN UNION'S LEGISLATIVE DEVELOPMENT IN MATTER OF PROMOTION OF HUMAN RIGHTS https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/80 <p>O Conselho da Europa, embora muitas vezes confundido com o Conselho Europeu, não é uma instituição da União Europeia, mas uma organização internacional intergovernamental. Na realidade, o Conselho da Europa é uma organização internacional com personalidade jurídica reconhecida pelo direito internacional e cujo principal objetivo é a defesa dos direitos humanos, o desenvolvimento democrático e a estabilidade política e social na Europa para cerca de 820 milhões de pessoas em 47 Estados-Membros, incluindo os Estados-Membros da União Europeia. É importante notar que os Estados que pretendem aderir ao Conselho da Europa devem também ratificar a Convenção Europeia dos Direitos do Homem, também conhecida como Convenção Europeia para a Proteção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais. Por isso, reafirmamos que o Conselho da Europa é a força motriz da legislação da União Europeia, na medida em que a União Europeia se inspira, em grande parte, nos instrumentos jurídicos que o Conselho da Europa adotou para consagrar, promover e proteger os direitos humanos mais fundamentais.</p> JOSÉ NORONHA RODRIGUES DORA CABETE Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.8 ELEIÇÕES PARA O PARLAMENTO EUROPEU 2024: ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO JOVEM https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/81 <p>Em 2019, a participação eleitoral dos jovens portugueses na eleição para o Parlamento Europeu foi a mais baixa de toda a União Europeia. O presente artigo visa identificar estratégias de mobilização jovem para as eleições europeias de 2024. Para tal, este artigo oferece uma tipologia descritiva que distingue entre estratégias de mobilização a curto e a médio/longo prazo. Esta tipologia foi testada em três focus groups, num total de vinte e um jovens portugueses. Os resultados indicam que existe uma convergência no apoio a algumas estratégias de mobilização e uma divergência relativamente a outras. O artigo conclui com algumas recomendações que visam promover a participação dos jovens portugueses nas próximas eleições europeias.</p> LUÍS MARTINS SANDRINA ANTUNES TIAGO NOGUEIRA BEATRIZ RODRIGUES MARTA FERREIRA GUILHERME RODRIGUES Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.9 COLOMBIA'S ENTRY INTO THE PACIFIC ALLIANCE; A READING FROM THE PERSPECTIVE OF NEOCLASSICAL REALISM https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/82 <p>A Colômbia tem uma longa tradição de participação em iniciativas de integração regional, como membro de pleno direito ou associado. A Aliança do Pacífico (AP) é um dos mais recentes projetos de integração em que a Colômbia participa. Este artigo explora, a partir da perspetiva do realismo neoclássico (RNC), o papel desempenhado pela perceção dos decisores de política externa, tanto no contexto sistémico como regional, e como essas percepções foram assumidas como oportunidades ou ameaças que definiram a entrada da Colômbia nesta iniciativa integracionista. É utilizada uma metodologia qualitativa através da análise documental de fontes científicas e jornalísticas. Conclui-se que a perceção do contexto externo desempenhou um papel importante na decisão da Colômbia de se tornar membro fundador da Aliança do Pacífico, e que a variável interveniente da perceção dos decisores se torna valiosa em contextos onde a formulação da política externa recai maioritariamente na figura presidencial.</p> CARLOS HERNÁN GONZÁLEZ PARIAS LISBETH DUARTE HERRERA CARLOS ALBERTO BUILES GUSTAVO ADOLFO LONDOÑO OSSA Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.10 LOSS OF A COMMON HORIZON: ALBA AND THE CONTRADICTIONS OF THE BOLIVARIAN REVOLUTION https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/83 <p>Este artigo utiliza a teoria neogramsciana das relações internacionais para discutir como a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) pode ser entendida como uma tentativa de transnacionalização do bloco histórico contra-hegemónico de forças sociais que se originou com a Revolução Bolivariana na Venezuela. A Revolução Bolivariana inaugurou uma Constituição Nacional que procurou dar um papel central à sociedade civil e aos movimentos sociais na vida política, emancipando pessoas não representadas, como as comunidades indígenas. A ALBA consiste numa tentativa de transnacionalizar este movimento, fornecendo um modelo de regionalização para a América Latina que constitui uma alternativa à abordagem neoliberal incorporada em outras iniciativas de regionalização, como a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). No entanto, o artigo argumenta que o sucesso da ALBA como veículo para a transnacionalização de um movimento contra-hegemónico na América Latina foi severamente comprometido pelas tensões e contradições emergentes dentro do bloco histórico da Revolução Bolivariana, nomeadamente entre os movimentos sociais e os governos centrais dos países membros da ALBA. Estas contradições tornam-se particularmente evidentes quando se analisam as lutas dos movimentos sociais sobre os impactos ambientais de projectos de infra-estrutura promovidos por estes governos como parte da sua estratégia nacional e regional de desenvolvimento económico e redução da pobreza.</p> TERESA BAIÃO ANDRÉ SARAMAGO Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.11 O DIREITO DA ORDEM REGIONAL PREVALECENTE E A CULTURA DE NEGOCIAÇÃO NA ÁFRICA AUSTRAL https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/84 <p>Partindo da questão da cultura negocial resultante da construção de uma nova ordem regional na África Austral, este artigo de investigação explora a ideia de que nesta região está a emergir uma cultura de negociação integrativa, baseada numa história de conflito e cooperação. A ênfase colocada pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) nas dimensões legais e programáticas da integração económica manifesta, por um lado, as condições da ordem regional prevalecente e, por outro, os esforços dos estados membros para negociar a partir de uma perspectiva cooperativa. Portanto, este artigo de investigação examina o processo de construção de uma ordem regional na África Austral, os factores que o proporcionaram e o conjunto de regras jurídicas que resultam numa cultura de negociação regional. Consequentemente, propõe uma perspectiva construtivista, concluindo que há adaptação no processo de adoção de modelos internacionais de regionalismo.</p> JOSÉ ABEL MOMA Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.12 A COOPERAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO: PRÁTICAS E DESAFIOS DA COOPERAÇÃO ENTRE MOÇAMBIQUE E BRASIL (1975-2022) https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/85 <p>A cooperacão Sul-Sul é uma alternativa atraente para os países africanos gerirem os problemas enfrentados com os actuais mecanismos de ajuda externa. Entretanto, caracteriza se pela volatilidade, isto é, a sua intensidade oscila no tempo e no espaço. Na sua relação com o Brasil, Moçambique depara-se com uma diminuição recente do engajamento do Brasil. Embora tenham sido assinados acordos de cooperação entre os dois países em diversas áreas, no início do milénio 2000, o cenário de mudança de governo no Brasil expôs a vulnerabilidade da cooperação entre ambos. Devido à postura anti-globalista do Presidente Bolsonaro, o projecto de inserção internacional do Brasil à escala global foi abandonado, o que afectou diretamente a cooperação com Moçambique. Visto que Moçambique tem o Brasil como um parceiro estratégico, a redução do engajamento político deste último obriga o primeiro a repensar estratégias de desenvolvimento no contexto da cooperação Sul-Sul. Este distanciamento político de ambos não é novo, tende a reproduzir-se num contexto internacional diferente, afectando negativamente as expectativas de Moçambique. Com o propósito de aprofundar a compreensão sobre as dinâmicas da cooperação para o desenvolvimento a nível da periferia, este artigo investigou, com base na análise documental e em entrevistas, as práticas comuns e os desafios inerentes da cooperação entre Moçambique e Brasil.</p> FÁTIMA CHIMARIZENI PAPELO ANDRÉ LUIZ REIS DA SILVA Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.13 RARE EARTH GEOPOLITICS: GLOBAL DYNAMICS AND STRATEGIC BALANCE OF POWER https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/86 <p>Este artigo analisa a paisagem multifacetada dos Elementos Terras Raras (ETRs), componentes cruciais em indústrias tradicionais como vidro e metalurgia, bem como essenciais na crescente economia verde e digital. A transição para uma economia mais verde depende fortemente dos ETRs para baterias, turbinas eólicas e painéis solares. A cadeia de abastecimento global de ETRs, dominada pela China com quase 95% das reservas mundiais, introduz complexidades e considerações geopolíticas, levando nações como os Estados Unidos e países da União Europeia a buscar alternativas e reduzir a dependência do domínio da China sobre este mercado. Os Estados Unidos, outrora uma potência chave na mineração de terras raras, agora dependem fortemente de importações chinesas, levantando preocupações com a segurança nacional. Este artigo examina os desafios e oportunidades no mercado global de elementos terras raras, abordando controvérsias ambientais, tensões geopolíticas e a corrida por uma cadeia de abastecimento segura. À medida que as nações lidam com as complexidades desta indústria crítica, a busca por materiais de terras raras sustentáveis e geopoliticamente seguros emerge como uma preocupação global vital.</p> TIAGO TECELÃO MARTINS Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.14 MULTISTAKEHOLDER COLLABORATION IN ENVIRONMENTAL CHALLENGES AT THE LOCAL LEVEL: A STUDY OF NGALAM PETENGAN AS AN INITIATIVE FROM GLOBAL CIVIL SOCIETY https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/87 <p>Este estudo tem como objetivo analisar a eficácia dos esforços dos atores da sociedade civil global a nível local na promoção da colaboração entre as várias partes interessadas, com um enfoque específico na Hora do Planeta Malang através da agenda Ngalam Petengan. O estudo examina a participação diversificada das partes interessadas em Ngalam Petengan com o objetivo de enfrentar os desafios ambientais. Os resultados mostram que as entidades governamentais, as empresas, a Academia, os meios de comunicação social e as comunidades locais se envolvem e cooperam ativamente na promoção de iniciativas de proteção ambiental através do Ngalam Petengan. Este envolvimento cooperativo está correlacionado com o modelo Pentahelix, reconhecido como uma estrutura de colaboração para o desenvolvimento. Este estudo contribui significativamente para a compreensão da dinâmica da GCS a nível local e sublinha o papel essencial do modelo Pentahelix na abordagem de questões globais. No entanto, as localizações geográficas específicas e os atores locais são os limites do estudo. A investigação futura deve centrar-se numa escala mais alargada para explorar a forma como a colaboração entre as várias partes interessadas responde a questões globais, em especial aos desafios ambientais.</p> NAJAMUDDIN KHAIRUR RIJAL LUCKE KARIMAH PAMUNGKAS SAPUTRO Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.15 O SEGREDO DE ESTADO EM PORTUGAL: DA OPACIDADE DO ESTADO NOVO À PRIMAZIA DA TRANSPARÊNCIA CONTEMPORÂNEA https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/88 <p>Este artigo analisa o regime do segredo de Estado em Portugal, enfatizando a imperiosa necessidade de uma maior transparência e o seu alinhamento com os princípios democráticos de accountability e participação cívica. Partindo de uma perspetiva histórica, o estudo traça a evolução do conceito de segredo de Estado desde o período do Estado Novo até à consolidação democrática pós-25 de Abril, evidenciando como as transformações políticas e sociais influenciaram a legislação e as práticas governamentais relativas à classificação e à gestão da informação sensível. A investigação aborda, com particular atenção, as modificações introduzidas pela Lei n.º 2/2014, de 6 de agosto, destacando os desafios que persistem na conciliação entre a segurança nacional e os direitos à informação e à transparência administrativa. Através de uma análise crítica da legislação vigente e da sua aplicação prática, o artigo debate a adequação do atual regime do segredo de Estado às exigências de uma sociedade que valoriza cada vez mais a transparência e o escrutínio público das atividades governamentais. Propõe-se, assim, uma reflexão sobre as tensões inerentes à proteção de informações classificadas em face da crescente demanda por uma governança aberta e responsável. O estudo conclui sublinhando a necessidade de reformas legislativas e de práticas administrativas que promovam um equilíbrio efetivo entre a segurança do Estado e o fortalecimento dos pilares democráticos de transparência e participação dos cidadãos.</p> ANA MIGUEL DOS SANTOS Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.16 FERTILITY FRAUD: EXPLORING THE LEGAL GAPS IN INDIA VIS A VIS THE UNITED STATES https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/89 <p>A infertilidade é um problema que muitos casais em todo o mundo estão a enfrentar. Há muitos indivíduos que procuram tratamento para esta condição. No entanto, os profissionais que tratam a infertilidade tratam frequentemente todas as amostras de esperma da mesma forma, sem diferenciar entre o dos pais pretendidos e o de outros. Este facto suscita preocupações quanto à fraude na fertilidade, em que as pessoas trocam intencionalmente amostras de esperma. Muitos países reconheceram esta prática como uma ofensa sexual, mas na Índia não existe atualmente nenhuma lei específica que trate desta questão, inicialmente levantada quando ocorreu um caso de fraude nos Estados Unidos. O presente documento aborda todas as questões relacionadas e apresenta uma análise comparativa das leis da Índia e dos Estados Unidos.</p> ARUSHI BAJPAI AKASH GUPTA SHAMBHAVI SINHA Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.17 “INFORMATION DISORDER” CAMPAIGNS IN NATURAL HAZARDS AND EXTREME EVENTS – A FORM OF FOREIGN INFLUENCE AND A HYBRID THREAT? https://janusnet-ojs.autonoma.pt/index.php/janus/article/view/90 <p>O objetivo é demonstrar que a relação entre campanhas de “desordem de informação” – através de rumores e teorias da conspiração – e eventos extremos pode permitir intervenção nociva estrangeira, através de operações de influência, contra comunidades na sua situação mais vulnerável. Portanto, esta relação pode permitir formas de ameaças híbridas. Por outras palavras, neste artigo pretende-se analisar a forma como as plataformas de redes sociais podem ser transformadas em armas através de campanhas de “desordem de informação”, particularmente durante eventos extremos. Para tal, foram considerados dois exemplos de eventos extremos em que este tipo de campanha teve um impacto social e político sólido, com consequências securitárias e geopolítica – durante desastres naturais e durante uma pandemia. As campanhas de “desordem de informação”, através das plataformas de redes sociais, podem ter impacto imediato nas dinâmicas políticas, geopolíticas e de segurança. São informações cuja veracidade se torna indiscutível, mas que levam a conclusões distorcidas e podem subverter o ambiente político vigente. A informação é multiplicada a alta velocidade e baixo custo, permitindo a disseminação de informações falsas para cimentar a divisão política e social e influenciar diferentes procedimentos de tomada de decisão. Este tipo de operação é mais do que uma questão de comunicação estratégica. É uma ameaça às democracias que pode colocar a comunicação no centro de uma estratégia geopolítica e de segurança. A relação entre campanhas de “desordem de informação” e eventos extremos favorecem acções de influência contra comunidades na sua situação mais vulnerável.</p> FELIPE PATHÉ DUARTE Direitos de Autor (c) 2024 Janus 2024-05-27 2024-05-27 15 1 10.26619/1647-7251.15.1.18