OBSERVARE
Universidade Autónoma de Lisboa
e-ISSN: 1647-7251
VOL. 16, Nº. 2
novembro 2025-abril 2026
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O PROCESSO DE INCUBAÇÃO DE EMPRESAS PARA O FOMENTO DO
EMPREENDEDORISMO EM ANGOLA: NA VISÃO DOS INCUBADOS
MANUEL CONCEIÇÃO DA SILVA MENDES
mendes.sieta@gmail.com
Doutor em Gestão pela Universidade Agostinho Neto, Mestre em Gestão, Empreendedorismo e
Inovação (2016) e Mestre em Engenharia Geográfica Sistemas de Informação Geográfica
(2020). É Professor Auxiliar da Academia Naval da Marinha de Guerra Angolana (Angola), onde
exerce também funções de Diretor do Centro de Investigação Naval e docente em programas de
graduação e pós-graduação no Instituto Superior Politécnico Lusíada de Benguela. As suas áreas
de investigação incluem gestão, empreendedorismo, inovação, sistemas de informação
geográfica e metodologia de investigação científica. Autor da obra literária Empreendedorismo e
Inovação: A transformação do Contexto Económico em Angola e de publicações de trabalhos em
revistas científicas e conferências nacionais e internacionais.
Resumo
O tema desta investigação é justificado pela relevância do empreendedorismo e do processo
de Incubação de empresas para o desenvolvimento e sustentabilidade de novos
empreendimentos. O objetivo geral consiste em analisar a contribuição do processo de
Incubação de empresas para o fomento do empreendedorismo em Angola, através da
capacitação dos empreendedores, por meio de ações de formação, conhecimentos e
competências. Formulou-se a seguinte questão: Como pode o processo de Incubação de
empresas contribuir para o fomento do empreendedorismo em Angola? A investigação adotou
uma abordagem quantitativa, descritivo-explicativa e de natureza hipotético-dedutiva,
aplicando um questionário estruturado a 64 empreendedores incubados em incubadoras
públicas de 11 províncias. Os dados, recolhidos online com consentimento informado e
garantia de anonimato, foram tratados com recurso ao Excel, SPSS e Python 3.8.6, permitindo
análises estatísticas descritivas e cruzamentos de variáveis. Os resultados mostraram que o
processo de incubação é um fator relevante para o fortalecimento do empreendedorismo,
sobretudo entre jovens licenciados, mas limitado pelo fraco acesso a financiamento e pela
insuficiente transferência de conhecimentos estratégicos. A revisão de literatura foi atualizada
com contributos recentes (menos de cinco anos), reforçando a pertinência académica e prática
desta investigação e situando-a no debate contemporâneo sobre incubação em economias
emergentes.
Palavras-chave
Empreendedorismo, Incubadora de empresa, Incubação.
Abstract
The theme of this research is justified by the relevance of entrepreneurship and the business
incubation process for the development and sustainability of new ventures. The overall
objective is to analyze the contribution of the business incubation process to fostering
entrepreneurship in Angola through the empowerment of entrepreneurs by means of training,
knowledge, and skills. The following question was formulated: How can the business
incubation process contribute to promoting entrepreneurship in Angola? The research adopted
a quantitative, descriptive-explanatory, and hypothetico-deductive approach, applying a
structured questionnaire to 64 entrepreneurs incubated in public incubators across 11
provinces. Data were collected online with informed consent and anonymity ensured, and
analyzed using Excel, SPSS, and Python 3.8.6, allowing for descriptive statistics and cross-
variable analysis. The results showed that the incubation process is a relevant factor in
strengthening entrepreneurship, particularly among young graduates, although limited by
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restricted access to financing and insufficient transfer of strategic management knowledge.
The literature review was updated with recent contributions (last five years), reinforcing the
academic and practical relevance of this investigation and situating it within the current debate
on incubation in emerging economies.
Keywords
Entrepreneurship, Business Incubator, Incubation.
Como citar este artigo
Mendes, Manuel Conceição Da Silva (2025). O Processo de Incubação de Empresas para o Fomento
do Empreendedorismo em Angola: Na Visão dos Incubados. Janus.net, e-journal of international
relations. VOL. 16, Nº. 2, novembro 2025-abril 2026, pp. 346-363. DOI
https://doi.org/10.26619/1647-7251.16.2.19
Artigo submetido em 11 de março de 2025 e aceite para publicação em 10 de setembro
de 2025.
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O PROCESSO DE INCUBAÇÃO DE EMPRESAS PARA O FOMENTO DO
EMPREENDEDORISMO EM ANGOLA: NA VISÃO DOS INCUBADOS
MANUEL CONCEIÇÃO DA SILVA MENDES
Introdução
O empreendedorismo é um tema marcado por uma diversidade de conceitos de
diferentes autores. É importante entender que não se trata de uma arte ou ciência, mas
de uma atividade comercial que pode ser ensinada e aprendida. Em todo o mundo, a
relevância do empreendedorismo para o fomento das economias é amplamente
estudada, tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento.
Em Angola, o espírito empreendedor é intrínseco à população. A atividade
empreendedora cresceu especialmente durante o período de instabilidade política e
social, quando muitos cidadãos a adotaram como meio de subsistência. Atualmente, o
Estado angolano tem dado atenção redobrada ao processo empreendedor, promovendo
políticas e programas que incentivam o empreendedorismo por oportunidade. Isso não
apenas gera riqueza, mas também favorece a diversificação dos setores da economia,
contribuindo para o crescimento do país.
O governo angolano tem criado políticas e programas para apoiar a atividade
empreendedora, mas a mortalidade de empresas e o insucesso dos empreendedores
permanecem altos. Muitos empresários operam sem formação ou conhecimento
adequado, o que os deixa despreparados para o mercado. O aumento de novas empresas
que rapidamente falham demonstra que muitos empreendedores não conseguem
elaborar um plano de negócios devido à falta de competências de gestão, redes de
contatos e recursos financeiros. Essa realidade evidencia a necessidade de mentoria para
orientar e apoiar os novos negócios no caminho certo.
A incubadora de empresas é um espaço com infraestrutura e serviços de apoio dedicados
à criação de micro, pequenas e médias empresas em diversas áreas. Assim como as
incubadoras para recém-nascidos, elas garantem condições para a sobrevivência de
projetos empresariais em fase vulnerável. No entanto, o empreendedorismo não resolve
todos os problemas de um país. Em Angola, o Executivo busca provocar mudanças
estruturais tanto nos negócios quanto na sociedade.
Para além das referências clássicas sobre empreendedorismo e incubação (Schumpeter,
1934; Drucker, 1974; McClelland, 1972; Kirzner, 1983), esta investigação foi atualizada
com contributos recentes (menos de cinco anos), que reforçam a sua pertinência
científica. Estudos internacionais e africanos (Correia, Marques & Silva, 2024; Rosado-
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Cuberoa et al., 2024; Ibwe & Mwantimwa, 2025; Parish et al., 2023; Motlhaudi, 2025)
oferecem novas perspetivas sobre incubação, redes de apoio e impactos diferenciados
em contextos emergentes.
Atualmente, os maiores estudos sobre dinâmicas empreendedoras são realizados pelo
Global Entrepreneurship Monitor (GEM), criado em 1999 pelo Babson College e pela
London Business School. O GEM avalia anualmente a atividade empreendedora,
aspirações e dificuldades em vários países. Angola participou do GEM pela oitava vez em
2020/2021, após edições anteriores em 2008, 2010, 2012, 2013, 2014, 2016/2017 e
2018/2019. Diante dos imperativos de diversificação do Executivo, esta pesquisa aborda
o tema: O Processo de Incubação de Empresas para o Fomento do Empreendedorismo
em Angola: Na Visão dos Incubados
1
, questionando como pode o processo de Incubação
de empresas contribuir para o fomento do empreendedorismo em Angola?
Objectivos
Esta investigação procura compreender o processo de Incubação de empresas para
fomentar o empreendedorismo em Angola, formulando e comprovando proposição.
Em Angola, apesar do crescente reconhecimento do empreendedorismo como motor do
desenvolvimento económico, a literatura sobre incubadoras de empresas é escassa e
pouco sistematizada. Esta lacuna justifica a presente investigação, que se propôs analisar
como o processo de Incubação de Empresas contribui para o fomento do
empreendedorismo, com base em um estudo realizado entre 2012 e 2018. O estudo gera
conhecimento original para a academia, subsidia políticas blicas mais eficazes e
oferece recomendações práticas para melhorar a atuação das incubadoras no apoio à
micro e pequenas empresas.
E tem como objetivos específicos: (1) Caracterizar o perfil sociodemográfico e académico
dos incubados; (2) Identificar os serviços e conhecimentos transferidos pelas
incubadoras; (3) Avaliar as principais dificuldades enfrentadas pelos incubados; (4)
Examinar os contributos das incubadoras para o desenvolvimento dos negócios; (5)
Discutir as implicações do processo de incubação para a prática, a teoria e as políticas
públicas.
Marco Teórico Conceptual
A Evolução Histórica do Empreendedorismo
O termo “empreendedorismo” deriva do francês “entre” e “prende”, referindo-se à
interação entre fornecedor e consumidor no mercado (Sarkar, 2014).
O conceito de empreendedorismo evoluiu desde Cantillon (1755), que destacou o risco,
Adam Smith (1776), descreveu os empreendedores como entidades que transformam a
demanda em oferta (Sarkar, 2014), J. B. Say (1803) popularizou a ideia que os
1
O autor expressa os seus agradecimentos aos dois revisores anónimos da primeira versão deste trabalho,
cujos comentários muito contribuíram para a melhoria do mesmo.
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empreendedores são agentes de transformação do crescimento econômico e John S. Mill
(1848), realçou o papel do empreendedor na criação de novos produtos.
Já Alfred Marshall enfatizou que a função do empreendedor é garantir o fornecimento de
produtos, Carl Menger definiu o empreendedor como aquele que cria oportunidades, Max
Weber, por sua vez, investigou a função do empreendedor no crescimento individual e
Frank H. Knight (1921) associou o conceito de "risco" a "incerteza" marcando uma nova
fase nos estudos sobre o empreendedorismo.
A evolução do conceito ao longo dos séculos mostra a crescente importância do
empreendedorismo como motor do desenvolvimento econômico e social. A ideia de que
os empreendedores desempenham um papel crucial na inovação e na criação de novos
mercados é amplamente reconhecida hoje. No entanto, o empreendedorismo não é
apenas sobre riscos e inovações; também envolve a capacidade de identificar
oportunidades e a habilidade de mobilizar recursos de forma eficaz.
Com o tempo, o empreendedorismo evoluiu para incluir não apenas a criação de
negócios, mas também a promoção de mudanças sociais e a resolução de problemas
comunitários. A capacitação e a formação de empreendedores têm se tornado essencial,
especialmente em contextos onde a falta de conhecimento e infraestrutura pode limitar
o potencial de novos negócios.
Em resumo, a trajetória do conceito de empreendedorismo reflete a complexidade e a
multifuncionalidade do papel do empreendedor na sociedade. Desde suas raízes nas
teorias econômicas até suas aplicações contemporâneas, o empreendedorismo continua
a ser um campo dinâmico, relevante para o desenvolvimento sustentável e a inovação
em diversas áreas.
Schumpeter (1934) sobressaiu ao estudo do empreendedorismo, destacando o papel do
empreendedor como motor do desenvolvimento econômico, inovador através da
capacidade de criar novas combinações de recursos produtivos e serviços, nas
transformações econômicas contemporâneas e um impulsionador do sistema capitalista
ocidental (Godim, 2018).
Drucker (1974) reforçou que o empreendedor deve estar comprometido com a inovação,
descrevendo como “ferramenta específica dos empreendedores". Ele evidenciou que o
papel do empreendedorismo é garantir a eficiência dos negócios atuais no futuro,
renovando e agregando valor e que o empreendedorismo não é nem ciência nem arte,
mas uma prática que exige ação e adaptação.
McClelland (1972) salientou a importância da motivação no crescimento econômico de
um país, identificando três fatores que influenciam a atitude do empreendedor: (1) a
necessidade ou motivo de realização, que leva à busca de oportunidades; (2) a iniciativa
individual, que vai além de características pessoais; e (3) a predisposição ao risco
moderado, que inclui persistência e comprometimento (Franco e Gouveia, 2016).
Kirzner (1983) compilou diversas teorias sobre o papel dos empreendedores,
apresentando-os como indivíduos que assumem riscos. Ele identificou várias funções dos
empreendedores: inovadores, arbitradores, coordenadores e organizadores. Esses
indivíduos proporcionam liderança e exercem a verdadeira vontade, atuando como
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especuladores, empregadores e gestores, além de serem fontes de informação que
identificam oportunidades ainda não exploradas no mercado.
A figura do empreendedor, portanto, é vista como central para a inovação e a adaptação
no mercado, e essencial para a prosperidade econômica.
Em suma, as contribuições de Schumpeter, Drucker, McClelland e Kirzner destacam a
complexidade do empreendedorismo, que envolve inovação, motivação e a identificação
de oportunidades. Esses aspectos o cruciais para entender como os empreendedores
desempenham um papel vital no desenvolvimento econômico e social, moldando o futuro
dos mercados e contribuindo para o progresso da sociedade. A interação entre esses
elementos forma a base do que significa ser um empreendedor em um mundo em
constante mudança.
O Processo de Incubação De Empresas
Em 1989, foi criada a primeira incubadora de empresas em África, na Nigéria, pelo
UNFSTD (Manuel; Simão, 2018). Nos anos 90, houve um aumento significativo de
incubadoras, especialmente em países desenvolvidos, focadas em clusters industriais e
tecnológicos, com ênfase na inovação e desenvolvimento de nichos de mercado
(Caetano, 2012). Surgiram incubadoras setoriais, agrupando empresas de um mesmo
setor (Correia, 2013).
Lumpkin e outros (1996) definem incubação como um esforço organizado para apoiar a
criação e sobrevivência de novos negócios em um ambiente controlado, que oferece
infraestrutura e serviços compartilhados, contrastando com a concorrência externa
(Caetano, 2011). Em 1998, um novo modelo de incubação emergiu, aproveitando as
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para estimular o crescimento de
empresas de base tecnológica (Lalkaka, 2001; Fernandes, 2014).
Grimaldi e Grandi (2002) destacam que muitas agências de desenvolvimento econômico
adotaram incubadoras para reduzir falhas e acelerar a criação de negócios. Lalkaka
(2002) considera essas iniciativas parte das políticas blicas dos governos, visando
revitalizar economias, melhorar o ambiente de negócios e gerar empregos (Guillen;
Veras, 2018). Assim, as incubadoras se consolidaram como uma ferramenta essencial
para o fomento do empreendedorismo e inovação.
Grimaldi e Grandi (2005) destacam que, após o período de incubação, os
empreendimentos devem se tornar negócios independentes e auto-sustentáveis. Embora
as incubadoras ofereçam serviços comuns, cada uma possui características únicas que
atendem a suas comunidades, resultando em diferentes modelos de incubação. O modelo
adotado influencia diretamente o processo de incubação, afetando variáveis como o nível
de investimento, a qualidade da equipe de gestão e a diversidade de serviços oferecidos
(Valadão, 2017).
A elaboração de um plano de negócios é uma etapa essencial, pois o sucesso da
incubadora depende da viabilidade dos projetos que concebe. O empreendedor deve
explorar a natureza comercial do novo negócio durante esse processo (Monteiro e Gava,
2007). Dada a alta taxa de mortalidade de empresas nos primeiros anos, a incubação é
comparada as incubadoras de recém-nascidos, proporcionando um ambiente seguro para
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que os projetos empresariais nascentes possam se desenvolver e sobreviver (Saraiva,
2011).
Dornelas (2002) sugere que a incubação promove a interação entre universidades e
empresas, transformando conhecimento em produtos e acelerando o desenvolvimento
de novos empreendimentos. Essa dinâmica é crucial para criar empresas competitivas
que se mantenham em desenvolvimento contínuo após a incubação (Godim, 2018).
Em África, a incubação assemelha-se a modelos utilizados em outros continentes, com
foco em incubadoras de base tecnológica. Isso facilita a conexão entre investidores e
jovens empreendedores, promovendo o uso de tecnologias como programação e
software (Manuel; Simão, 2018). Assim, as incubadoras se tornam um pilar fundamental
para o fomento ao empreendedorismo e à inovação no continente.
Para além das referências clássicas sobre empreendedorismo e incubação, esta
investigação foi atualizada com contributos recentes (menos de cinco anos), que
reforçam a sua pertinência científica. Estudos como os de Correia, Marques e Silva (2024)
e Rosado-Cuberoa et al. (2024) evidenciam o papel das incubadoras na dinamização de
ecossistemas empreendedores, sobretudo entre os jovens. No contexto africano,
trabalhos recentes em Angola (Pinto, Alves & Rolo, 2023; World Bank Group & IFC, 2023)
e em outros países, como Tanzânia (Ibwe & Mwantimwa, 2025) e Camarões (Parish,
Tchoumi & Nguemta, 2023), oferecem evidência empírica sobre os desafios e
oportunidades da incubação. Além disso, novas propostas de enquadramento, como o
Apprenteneurship Framework (Motlhaudi, 2025), apontam caminhos para fortalecer
incubadoras blicas. Assim, a presente pesquisa não apenas dialoga com a tradição
teórica consolidada, mas também incorpora avanços recentes que ampliam a sua
relevância académica e prática.
O Empreendedorismo e a Importância do Processo de Incubação de
Empresa
Em Angola, o espírito empreendedor remonta antes da independência, com a prática de
comércio informal em bancadas às portas das casas e serviços como lavadeiras e
jardineiros. Após a independência, a guerra civil degradou as infraestruturas e gerou
instabilidade política e socioeconômica, levando muitos angolanos a buscar o
empreendedorismo como solução para suas necessidades, especialmente atuando no
mercado informal.
Nos últimos 16 anos, o país enfrentou duas crises econômicas (2009 e 2014), que
afetaram gravemente a exportação de petróleo, a principal fonte de receitas,
deteriorando as condições sociais. Diante dessa situação, o Estado angolano reconheceu
a urgência de diversificar a economia e implementou políticas para fomentar o
empreendedorismo, o emprego e a formação profissional.
Nesse contexto, foram criadas incubadoras de empresas públicas, como a IEMP, INAPEM
e CLESE, que oferecem infraestrutura técnica e administrativa, além de serviços
especializados para apoiar micro, pequenas e médias empresas (MPME). Essas
incubadoras visam estimular a concorrência e a inovação na economia angolana,
promovendo um crescimento econômico sustentável.
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Atualmente, o empreendedorismo é uma prioridade nas estratégias do governo,
integrando-se ao currículo educacional em vários níveis. Além disso, Angola participa do
Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que analisa atitudes e aspirações
empreendedoras e identifica fatores que influenciam o empreendedorismo em diferentes
países. O país é classificado como uma economia orientada por fatores de produção,
inserindo-se em um contexto geográfico e de desenvolvimento específico. Assim, o
governo procura consolidar o empreendedorismo como motor de desenvolvimento
econômico e social.
Metodologia
A investigação adotou uma abordagem quantitativa, de caráter exploratório, descritivo-
explicativa, fundamentada no método hipotético-dedutivo, adequada para descrever
fenómenos, identificar relações e propor inferências teóricas. Partiu-se da identificação
de uma lacuna sobre o papel da incubação de empresas no fomento do
empreendedorismo em Angola, formulando-se a proposição de que esse processo
constitui um fator determinante para o desenvolvimento empresarial no ps.
Procedimentos
1. Pesquisa bibliográfica e documental revisão da literatura nacional e internacional
sobre empreendedorismo e incubação, além da análise de relatórios do INAPEM e do
GEM Angola (20122018);
2. Trabalho de campo aplicação de questionários estruturados a empreendedores
incubados em incubadoras públicas;
3. Instrumento de recolha Foram enviados por e-mail os questionários com 17
questões fechadas, divididas em variáveis sociodemográficas e organizacionais,
elaborado a partir da literatura e validado por especialistas. Foi realizado um pré-
teste com seis empreendedores para verificar clareza e pertinência e enviado o termo
de sigilo e confidencialidade para que fosse permitido o acesso a informações mais
detalhadas.
Amostra
A amostra foi aleatória simples, composta por 64 empreendedores incubados em
incubadoras blicas de 11 províncias de Angola. A taxa de resposta válida foi de 81,01%
(64 de 79 questionários enviados).
Tratamento e análise dos dados
Os dados foram tratados com recurso a estatística descritiva e da análise de conteúdo,
utilizando o Excel, o SPSS e a linguagem de programação Python 3.8.6 para análises não
paramétricas e cruzamento de variáveis.
Limitações
Amostra restrita a incubadoras públicas;
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Seleção não probabilística;
Exclusividade de métodos quantitativos;
Ausência de análises inferenciais avançadas.
Resultados
A atividade empreendedora na amostra apresenta maior incidência entre os 25 e 34
anos, com 42 empreendedores (66%). Seguem-se os 35 a 44 anos, com 11
empreendedores (17%), os 18 a 24 anos, com 10 (16%), e os 55 a 64 anos, com 1
(2%). Assim, 82% da amostra é composta por jovens empreendedores, evidenciando a
predominância da faixa etária mais jovem no cenário empreendedor.
Figura 1. Distribuição dos empreendedores por faixa etária
Analisando a frequência da faixa etária em relação ao nível de escolaridade, 40 (63%)
empreendedores têm grau de licenciatura: 28 na faixa de 25 e 34 anos; 6 de 35 a 44
anos, 4 de 18 a 24 anos e 1 de 55 a 64 anos. Apenas 4 empreendedores possuem o
grau de mestre: 2 na faixa de 25 a 34 anos e 2 de 35 a 44 anos. Além disso, 11
empreendedores de 25 a 34 anos têm formação técnica média, seguidos por 6 da faixa
de 18 a 24 anos e 3 da faixa de 35 a 44 anos, evidenciando a predominância de técnicos
médios entre os mais jovens.
Na investigação, constatou-se que 53 empresas possuem entre 1 e 10 colaboradores,
representando 83% da amostra. Apenas 11 empresas têm entre 10 e 100 colaboradores,
correspondendo a 17%. Quanto à dimensão, 43 empresas são microempresas (67%) e
21 são pequenas empresas (33%), conforme ilustrado no gráfico abaixo.
A análise temporal dos inquiridos mostrou que 48% das empresas atuam entre 3 a 5
anos, 22% entre 1 a 2 anos, 20% entre 0 a 1 ano, 5% entre 6 a 10 anos, e uma
porcentagem semelhante para aquelas com mais de 10 anos de atividade.
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Figura 2. Frequência da faixa etária por nível de escolaridade
Figura 3. Taxa de frequência do Número de Colaboradores e Dimensão da empresa
Figura 4. Tempo de actividade das empresas
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Quanto ao tempo de permanência na incubadora, 34% das empresas estão menos de
6 meses, 25% por 1 ano, 16% por 3 anos, 14% por 2 anos, 8% por 4 anos, e 3% estão
incubadas há mais de 4 anos, conforme ilustrado no gráfico abaixo.
Figura 5. Taxa de frequência das empresas por tempo de residência
O processo de incubação em Angola envolve quatro fases, conforme ilustrado no gráfico
n.º 6 e de acordo com Oliveira (2009). Verificou-se que 64% das empresas estão na fase
de incubação, 27% na pré-incubação, 8% na pós-graduação e 2% na fase de graduação.
Figura 6. Taxa de frequência das empresas no processo de incubação
Sobre o tipo de conhecimento transferido entre incubadoras e empresas, o gráfico 7
mostra que 31% dos incubados receberam noções de empreendedorismo, 19% de
marketing, 17% de gestão de recursos humanos, 14% de comercialização, 10% de
gestão financeira, 6% de assistência jurídica e 2% de gestão estratégica.
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Figura 7. Tipo de conhecimento transferido pela incubadora
Conforme o gráfico nº 8, os empreendedores enfrentaram maior dificuldade no acesso a
financiamentos e investimentos, com 61%. Em seguida, 13% mencionaram a falta de
conhecimentos técnicos para elaborar o plano de negócios, 11% a ausência de
infraestruturas, 7% a baixa experiência em gestão, 6% a baixa qualificação dos
funcionários e 1% indicou pouco ou nenhum conhecimento de empreendedorismo.
Figura 8. Principais dificuldades das empresas durante o processo de incubação
O gráfico 9 destaca os contribuições das incubadoras para os incubados. O maior
benefício relatado pelos empreendedores foi o acesso a outras empresas incubadas, com
27% da amostra. Seguem-se os recursos tecnológicos (20%), ferramentas de gestão
(18%), desenvolvimento de marketing (17%), novos produtos (10%), acesso ao crédito
(5%) e 4% consideraram que o processo possibilitou
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Figura 9. Contributos sentidos durante o processo de Incubação a obtenção de divisas.
Discussão
Segundo o relatório GEM Angola 2018/19, a faixa etária predominante no
empreendedorismo angolano é de 25 a 34 anos, com cerca de 51% de empreendedores.
Em 2020/21, houve um aumento de 15 pontos percentuais, totalizando 66%. Essa
variável é crucial para o fomento do empreendedorismo, pois a amostra é
maioritariamente composta por jovens, que representam a força motriz do país. Os
resultados confirmam tendências do GEM (2018/19; 2020/21) quanto à predominância
de jovens empreendedores.
Para analisar a frequência da faixa etária em relação ao nível de escolaridade, a
investigação revela que, assim como no relatório GEM Angola 2016/17, a maior taxa de
Empreendedorismo por Atividade (TEA) ocorre entre aqueles com ensino superior
(licenciatura). Confirmação da relevância da formação académica no sucesso do
empreendedorismo (Ferreira et al., 2010).
Para verificar a relação entre o número de colaboradores e a classificação das empresas
conforme o Artigo da Lei 30/11, observa-se que 83% têm entre 1 a 10 trabalhadores,
sendo classificadas como microempresas. No entanto, apenas 67% estão certificadas
como microempresas, revelando uma desatualização de 16% na certificação, o que viola
a referida lei. Isso representa um ponto fraco para o fomento do empreendedorismo em
Angola.
Em relação ao tempo de atividade das empresas, 48% das que estão em incubação em
Angola têm entre 3 a 5 anos de mercado. Além disso, 20% são empresas nascentes, com
até 1 ano, que aderiram às incubadoras devido a dificuldades na fase inicial. Conforme
Sequeira (2013), o processo facilita a inserção de start-ups no mercado, oferecendo
serviços a preços mais baixos, contribuindo simultaneamente para o desenvolvimento de
uma cultura empreendedora na sociedade, como destaca Caetano (2011).
Observou-se que empresas incubadas estão mais de 4 anos na incubadora, o que
contrasta com Almeida (2014), que afirma que o processo de incubação normalmente
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dura até quatro anos, e para a Sociedade Portuguesa de Inovação SPI (2021, p. 13) o
limita máximo é de 36 meses.
A maioria das empresas incubadas (64%) está na fase de incubação. Segundo Godim
(2009), essa fase é crucial para orientar as empresas no desenvolvimento do plano de
negócios, durante um período de dois anos, reduzindo o risco de insucesso e a
mortalidade prematura.
De acordo com Lavieri (2010), citado por Pereira (2019), a disseminação da educação
empreendedora e a inovação oferecem experiências enriquecedoras para
empreendedores e empresas emergentes, sustentando sua presença no mercado. Esses
conhecimentos aprimoram as empresas incubadas por meio da formação, contribuindo
para o desenvolvimento de empreendimentos inovadores e para a formação de
empreendedores autônomos, eficientes e bem-sucedidos.
As empresas que ingressam no mercado enfrentam diversas dificuldades, especialmente
no acesso a financiamentos, representando 61%. As dificuldades no financiamento
coincidem com estudos de Sarkar (2014) e Parish et al. (2023).
Limitações na gestão estratégica reforçam necessidade de mentoring (Motlhaudi, 2025).
Os incubados reconhecem os contributos em redes e recursos tecnológicos recebidos
durante o processo de incubação, confirmam achados de Rosado-Cuberoa et al. (2024).
Conclusão
O estudo evidenciou que o processo de Incubação de empresas constitui um instrumento
fundamental para o fomento do empreendedorismo em Angola, sobretudo entre os
jovens, que representam mais de 80% dos incubados. A predominância de
empreendedores com formação superior indica que a incubação tem potencial para
transformar capital humano qualificado em negócios sustentáveis, embora ainda haja
fragilidades no acesso ao financiamento e na transferência de conhecimentos de gestão
estratégica.
Do ponto de vista teórico, os resultados reforçam os modelos clássicos de Schumpeter e
Drucker ao confirmarem que a inovação, a formação e a gestão eficiente o
determinantes para a sobrevivência das empresas. A pesquisa acrescenta evidência
empírica ao debate sobre a relevância das incubadoras em economias emergentes, como
Angola, onde a literatura é ainda incipiente. Assim, contribui para preencher uma lacuna
académica e oferece subsídios para o avanço de estudos comparativos no contexto
africano.
No plano prático, ficou patente que as incubadoras geram valor ao proporcionar redes de
contacto, recursos tecnológicos e ferramentas de gestão. Contudo, a limitação no acesso
a crédito e a insuficiente formação em gestão estratégica revelam a necessidade de rever
e diversificar os serviços oferecidos. A prática das incubadoras deve evoluir para integrar
programas de mentoring, parcerias com universidades e maior aproximação com
investidores, criando um ecossistema mais robusto para os empreendedores.
Para os decisores políticos, os resultados apontam para a urgência de políticas públicas
que articulem incubadoras, instituições financeiras e programas de apoio à inovação. É
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necessário criar mecanismos de financiamento mais acessíveis, incentivos fiscais e linhas
de crédito específicas para empresas incubadas. Além disso, recomenda-se a
implementação de sistemas de certificação e acompanhamento rigoroso das incubadoras
públicas, de modo a aumentar a sua eficiência e o impacto na diversificação económica
do país.
Em síntese, esta investigação demonstra que as incubadoras de empresas são uma
alavanca estratégica para o fortalecimento do empreendedorismo em Angola. Ao mesmo
tempo, desafia académicos, gestores de incubadoras e formuladores de políticas a
reconfigurarem suas abordagens, de modo a transformar a incubação não apenas em
um espaço de sobrevivência de empresas, mas em um motor de inovação e
desenvolvimento sustentável.
Limitações do Estudo
- A amostra restringiu-se apenas a incubados de incubadoras públicas, o que limita a
generalização dos resultados.
- O enfoque exclusivo em dados quantitativos reduziu a possibilidade de compreender
em profundidade as experiências subjetivas dos empreendedores.
Contributos do Estudo
- Preenche uma lacuna na literatura sobre Incubação de empresas em Angola e em
economias africanas emergentes.
- Oferece evidência empírica inédita para a academia, fortalecendo o debate teórico sobre
o papel das incubadoras no fomento ao empreendedorismo.
- Apresenta recomendações práticas para a melhoria da atuação das incubadoras e para
a formulação de políticas públicas de apoio ao empreendedorismo.
Sugestões para futuras pesquisas
- Ampliar a amostra, incluindo incubadoras privadas;
- Complementar com métodos qualitativos;
- Aplicar análises estatísticas avançadas;
- Realizar estudos longitudinais;
- Comparar com outros contextos africanos.
Assim, a incubação deve ser entendida não apenas como espaço de sobrevivência
empresarial, mas como motor de inovação e de desenvolvimento sustentável em Angola.
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