OBSERVARE
Universidade Autónoma de Lisboa
e-ISSN: 1647-7251
VOL. 16, Nº. 1
Maio-Outubro 2025
431
O USO DA ÁRVORE DE SUCESSOS COMO MÉTODO PROSPETIVO EM
GEOPOLÍTICA. O CASO DOS AÇORES NO TRANSPORTE DE GNL
RUI JORGE BOTELHO FÉLIX
rui.jb.felix@gmail.com
Doutorando em Teoria Política, Relões internacionais e Direitos Humanos, Universidade dos Açores /
Universidade de Évora (Portugal). Mestre em Relões Internacionais: O Espo Euro-Atlântico e Mestre
em Ambiente, Saúde e Segurança. Licenciado em Engenharia Eletrónica e Telecomunicões. Concluiu o
curso de Auditor da Defesa Nacional. É formador profissional certificado e Técnico Superior de
Segurança e Higiene do Trabalho.
Resumo
A determinação do que se designa por Poder Geopolítico Potencial (PGP) de uma região
geográfica, através do Método da Árvore de Sucessos, constitui o tema deste trabalho.
Demonstra-se que, mediante a análise de um conjunto de eventos naturais, tecnológicos,
políticos e económicos, bem como do estabelecimento de relações lógicas entre estes, por
meio de operadores booleanos, é possível determinar qualitativa e quantitativamente o poder
relativo de uma região num dado cenário. Neste estudo, realiza-se um estudo de caso que,
através da aplicação do método, evidencia a sua exequibilidade.
Palavras-chave
Açores, Árvore de Sucessos, Geopolítica, Poder Geopolítico Potencial (PGP).
Abstract
The determination of what is referred to as Potential Geopolitical Power (PGP) of a
geographical region, through the Success Tree Method, constitutes the theme of this study.
It is demonstrated that, by analysing a set of natural, technological, political, and economic
events, as well as establishing logical relationships between them using Boolean operators, it
is possible to determine both qualitatively and quantitatively the relative power of a region in
a given scenario. This study includes a case study that, through the application of the method,
demonstrates its feasibility.
Keywords
Azores, Success Tree, Geopolitics, Potential Geopolitical Power (PGP).
Como citar este artigo
Félix, Rui Jorge Botelho (2025). O Uso da Árvore de Sucessos como Método Prospetivo em
Geopolítica. O Caso dos Açores no Transporte de GNL. Janus.net, e-journal of international
relations. VOL. 16, Nº. 1. Maio-Outubro 2025, pp. 431-447. DOI https://doi.org/10.26619/1647-
7251.16.1.20.
Artigo submetido em 22 de maio de 2024 e aceite para publicação em 10 de março de
2025.
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O Uso da Árvore de Sucessos como Método Prospetivo em Geopolítica. O Caso dos Açores no
Transporte de GNL
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O USO DA ÁRVORE DE SUCESSOS COMO MÉTODO PROSPETIVO
EM GEOPOLÍTICA. O CASO DOS AÇORES NO TRANSPORTE DE GNL
RUI JORGE BOTELHO FÉLIX
1. Introdução
O uso de modelos matemáticos para a descrição e análise de fenómenos nas ciências
sociais tem-se estendido a muitas das suas disciplinas, seja através da criação de
modelos próprios, seja pela adaptação de modelos provenientes de outros campos de
estudo. Por serem abstrações, os modelos simplificam, de alguma forma, a
complexidade, capturando a essência da situação analisada, permitindo construir
estruturas lógicas expansíveis e integráveis em outras mais abrangentes, acompanhando
todo o processo desde as premissas até às conclusões.
A Geopolítica inserida nas Relações Internacionais, uma área autonomizada da Ciência
Política, estuda sistemas e situações bastante complexas. A geopolítica, hoje um termo
abrangente e dinâmico, valoriza sobretudo a influência dos espaços geográficos no poder,
no comportamento político das sociedades e na ordem mundial. O objetivo de modelar
estes acontecimentos pode, aparentemente, configurar um contrassenso, no entanto, o
uso de modelos matemáticos formais de análise oferece várias vantagens,
nomeadamente, o rigor e a precisão na formalização da argumentação utilizada,
justificando os pressupostos escolhidos como os mais plausíveis e aceites. Assim,
pretende-se contribuir para este campo de análise, adaptando o método da Árvore de
Sucessos à análise geopolítica, por forma a determinar o contributo de vários fatores e
acontecimentos selecionados para resultados específicos.
Este trabalho, com uma abordagem positivista, baseia-se na hipótese de que é possível
integrar o Método da Árvore de Sucessos na análise geopolítica, sendo possível através
desse determinar quantitativamente o poder geopolítico de uma região geográfica. Para
isso define-se uma variável dependente que se designou por Poder Geopolítico Potencial
(PGP), a possibilidade estratégica de gerar e obter resultados em determinado contexto
geopolítico.
A investigação está dividida em duas partes, a primeira parte efetua uma revisão
bibliográfica, que não é completamente exaustiva, da literatura especializada publicada
sobre os contributos pertinentes à temática. Apresenta e descreve o Método da Árvore
de Sucessos, e de como pode ser utilizado em Geopolítica. A segunda parte apresenta
um estudo de caso, onde aplicando o método se determina o PGP, num cenário específico
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que é o transporte marítimo de gás natural liquefeito, para o abastecimento da Europa.
Na conclusão verifica-se e justifica-se, a validade do uso do método.
2. Geopolítica e Poder na Moldagem dos Futuros
Geopolítica, um termo criado por Kjellen no fim do c. XIX, que se interligou com quatro
outras dimensões, para explicar de uma forma organicista o funcionamento do Estado
(Almeida, 1990, p. 113) os Estados modernos europeus criados após Vestfália, tornou-
se na atualidade uma palavra amplamente usada, prestando-se a distintas interpretações
(Tomé, 2010, p. 5), englobando a influência da geografia no comportamento político das
sociedades (Freire Nogueira apud Tomé, 2010, p. 5), e abordando as rivalidades e
disputas de poder sobre um determinado espaço, implicando, simultaneamente, um
elemento geográfico e um elemento político (Jorge & Fernandes, 2023, p. 16), onde as
tecnologias alteram essas geografias (Sempa, 2002, pp. 4-6). Mas pretendendo ir mais
além nos fatores e causas que explicam esses comportamentos, quase se identificando
com a noção de relações internacionais (Moreira, 2023, p. 59). Uma visão do mundo
assente no poder, uma ciência sobre poder e para o poder (Dugin apud Höhn, 2011, p.
11). Por a geopolítica apresentar visões objetivas e compreensivas das alterações que
ocorrem nas relações internacionais, explicando-as de uma forma holística e relacional
com as dinâmicas regionais, esclarecendo e prevendo os comportamentos dos rios
atores envolvidos, torna-a popular entre os decisores políticos e os analistas (Tuathail,
Dalby, & Routledge, 1998, p. 4). A nova geopolítica que emerge no pós-Guerra Fria,
apresenta várias visões competitivas entre si nas explicações da ordem mundial. Estas
visões podem ser dominadas pelas relações económicas globais que alteram a soberania
e reposicionam os Estados, ou pelos problemas transnacionais que afastam as lutas
territoriais entre blocos, ou pela necessidade de se valorizarem as políticas ambientais
que combatam o aquecimento global, a degradação ambiental e a escassez de recursos
naturais (Tuathail, Dalby, & Routledge, 1998, p. 2), coexistindo com a geopolítica
imperialista clássica, económica, neomarxista, pós-positivistas (Jorge & Fernandes,
2023, p. 19). O o poder de um ator no sistema internacional, é a capacidade que este
tem em assegurar a realização dos seus objetivos políticos num enquadramento
específico Moreira (2023).
É a tecnologia que torna a geopolítica global. Com a navegação a vapor foi possível
controlar as marinhas para além do sabor dos ventos (Noorali, Flint, & Ahmadi, 2022).
Com a aviação passa a ser possível a movimentação numa terceira dimensão, saindo a
geopolítica das limitações do tabuleiro de xadrez. A movimentação no espaço exterior da
Terra soma a quarta parcela geopolítica, e o domínio do espectro eletromagnético
acrescenta-lhe uma quinta dimensão.
O Poder, obtido através de um conjunto variado de instrumentos, é o elemento sempre
presente nas relações internacionais, usado pelos atores para concretizarem os seus
objetivos políticos. É exercido para dominar e deter recursos físicos, para exercer controlo
sobre atores do sistema internacional e influenciar acontecimentos intervindo nos seus
resultados (Hart, 1976, pp. 289-298). Depende de um número grande de variáveis, não
é um valor absoluto e cada vez é mais dependente da rede de relações internacionais
(Kim, 2010, pp. 405-411). O seu exercício pode ir da persuasão infligindo ou ameaçando
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consequências adequadamente adversas. Por alterações de convicção ou ideologia
levando à submissão à vontade alheia, ou oferecendo-se uma recompensa positiva
(Galbraith, 1983, pp. 20-22). O poder é para a política, o equivalente à energia na física
ou ao dinheiro na economia (Höhn, 2011, p. 6).
A Estratégia é a preparação da ação para atingir objetivos. A palavra estratégia está na
sua génese ligado à guerra e às atividades militares. Hoje, o conceito do termo continua
a expandir-se, incorporando-se, entre outros, nos campos económico e político (Heuser,
2010). Os Estados definem a designada grande estratégia, que é o conjunto de meios
militares, económicos e políticos com que este tenta alcançar a sua segurança (Posen,
1986, p. 7). A construção de uma estratégia está sujeita às ambições do Estado e à lógica
dos fins políticos, que subordina os princípios e as regras da sua criação, e onde variáveis
como a geografia, população, forças armadas, economia, tecnologia e as infraestruturas,
entre outras, mas também atores externos como outros Estados, aliados ou beligerantes,
têm principal preponderância nas decisões da construção da estratégia (Heuser, 2010,
p. 491). É um processo complexo e dinâmico, onde pela modificação ao longo do tempo
das várias variáveis que contribuem para a sua feitura, obriga a um perpétuo reexaminar
e questionar (Hattendorf & Phil., 2004, p. 2). É neste contexto, que a estratégia hoje é
uma componente da análise das relações internacionais (Fernandes, 2009), indo muito
mais além da sua origem de condução racional da guerra e coação militar.
A Prospetiva ocupa-se da questão “o que pode acontecer?” (Godet & Durance, 2011, p.
17), é uma ferramenta de auxílio à construção do futuro (Saragoça, Silva, & Fialho, 2017,
p. 19), contribuindo para induzir um destino desejável dentro das incertezas do futuro,
reduzindo-as pela escolha de percursos orientados por análises lógicas, onde a reflexão
precede a ação, numa visão holística de sistemas não deterministas e instáveis
(Perestrelo, 2017), tornando-se assim estratégica (Godet & Durance, 2011, p. 17). Vai
mais além dos modelos inalteráveis da previsão, usando os cenários como instrumento
de simulação (Saragoça, Silva, & Fialho, 2017, p. 26).
Não existindo um conceito fechado, neste trabalho a geopolítica é interpretada como um
instrumento do poder externo de um Estado, permitindo, preferencialmente, o controlo
e, no nimo, a influência sobre as ações de outros Estados ou sobre determinados
acontecimentos, em função dos seus próprios interesses (Griffiths & O’Callaghan, 2002,
pp. 253-255), o Poder Funcional (Adriano Moreira apud Andrade, 2015, p. 100) que
constitui uma forma de utilizar a geopolítica para gerar poder e, assim, possibilitar a
projeção de estratégias para a sua maximização, o potencial de poder geopolítico
corresponde à capacidade latente de exercer esse poder. A modelação impede o recurso
a análises baseadas em argumentos sem rigor formal e assentes em intuições,
disciplinando o pensamento intuitivo e acrescentando precisão às análises, ao eliminar
argumentos desprovidos de lógica (Morrow, 1994, pp. 6-7), permitindo confrontar as
conclusões obtidas com os acontecimentos reais.
3. O Método da Árvore de Sucessos numa Abordagem Lógica e
Possibilista
O método aqui proposto, uso de um tipo específico de árvores lógicas utilizadas em
análises de decisão, vai buscar as suas origens fora das ciências sociais, nas técnicas
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desenvolvidas nos anos 1960, e utilizadas para a redução da ocorrência de
acontecimentos indesejados em sistemas tecnológicos, analisando os seus
comportamentos de uma forma gráfica. É um modelo que descreve cenários de
acontecimentos e/ou decisões, numa estrutura lógica que se ramifica a partir do
acontecimento principal em análise. As Árvores de Sucessos e as Árvores de Falhas são
ferramentas importantes para analisar eventos incertos, definir cenários, avaliar riscos,
calcular distribuições conjuntas de probabilidade e avaliar opções de decisão (Dillon-
Merrill, Parnell, & Buckshaw, 2008). O seu uso tem sido gradualmente adotado nas
ciências sociais (Yazdi, Kabir, & Walker, 2019, p. 91).
Algumas definições
Acontecimento ou Evento Básico (X) ou varável independente, é um dos conceitos
fundamentais na construção deste modelo. Cada evento básico descreve um
acontecimento que contribui para o assunto em análise e que não pode ser decomposto
em outros acontecimentos de ordem mais baixa. Acontecimentos que podem ser
decompostos em outros acontecimentos, são designados por Acontecimentos ou Eventos
Intermédios (I). Acontecimento ou Evento de Topo (T), é o assunto em análise, a variável
dependente, que se pretende qualificar ou quantificar, obtido da combinação lógica de
eventos básicos e eventos intermédios.
A Árvore de Sucessos é a segmentação do evento de topo, através de operadores lógicos,
num modelo matemático do sistema em análise, proporcionando uma visão global do
que está em análise, a relação linear entre os seus componentes e a potencialidade
contributiva de cada elemento seu constituinte. Para um determinado assunto em
análise, podem-se considerar diferentes cenários e construir rias árvores, variar
experimentalmente a quantificação dos eventos básicos, o que permite a este um método
ser também prospetivo.
O quadro 1 resume os principais símbolos usados no desenho da Árvore de Sucessos.
Para avaliar a possibilidade da ocorrência do acontecimento de topo, estabelece-se um
conjunto de equações lógicas, a partir da estrutura hierárquica da Árvore de Sucessos,
que permite definir quantitativamente ou qualitativamente esse acontecimento, e em
que o acontecimento de cada porta lógica intermédia, vai sendo substituído por
acontecimentos de hierarquia mais baixa, até ser possível definir o acontecimento de
topo em função apenas de acontecimentos básicos, e das relações lógicas entre estes.
Para avaliar a possibilidade da ocorrência do acontecimento de topo, estabelece-se um
conjunto de equações lógicas, a partir da estrutura hierárquica da Árvore de Sucessos,
que permite definir quantitativamente ou qualitativamente esse acontecimento, e em
que o acontecimento de cada porta lógica intermédia, vai sendo substituído por
acontecimentos de hierarquia mais baixa, até ser possível definir o acontecimento de
topo em função apenas de acontecimentos básicos, e das relações lógicas entre estes.
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Quadro 1. Principais símbolos utilizados numa Árvore de Sucessos
Símbolo lógico
Função
Representa o Acontecimento de Topo (T).
Acontecimento para o qual a árvore conduz a análise.
Pode em outros lugares da estrutura representar acontecimentos
intermédios.
Evento Básico (X).
Acontecimento que não pode ser subdividido em outros
acontecimentos. É a resolução máxima que se pode atingir na
análise de um sistema.
Operador OU (OR).
Indica que existe um acontecimento à sua saída, quando alguns
dos acontecimentos à sua entrada ocorre.
Operador E (AND).
Indica que existe um acontecimento à sua saída, quando todos os
acontecimentos à sua entrada ocorrem simultaneamente.
Fonte: Autor
A figura 1 apresenta a forma como os acontecimentos se relacionam qualitativamente
através dos dois operadores booleanos usados; porta OU e porta E.
Figura 1. Aritmética dos operadores booleanos do Quadro 1
Fonte: (Chang, He, Fan, Guan, & He, 2023)
A análise quantitativa é feita, quando se atribuem aos acontecimentos básicos, valores
de probabilidade da sua ocorrência, permitindo obter-se assim a probabilidade de
ocorrência do acontecimento de topo.
As fórmulas para o cálculo das probabilidades em cada porta lógica, numa análise da
base para o topo, são as seguintes:
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ou
Fonte: (Ruijters & Stoelinga, 2015, p. 38)
Para a identificação dos acontecimentos básicos, a sua valorização quantitativa e
associação lógica na construção da árvore, recorrem-se a várias fontes de informação e
de análise como a análise SWOT (Leal, 2011, p. 73), dados empíricos recolhidos de
diferentes fontes fiáveis, publicações académicas (Chang, He, Fan, Guan, & He, 2023),
e que no caso deste trabalho se obtiveram a partir da Internet de fontes reputadas. A
relação entre as probabilidades de falha e de sucesso de um acontecimento básico, é que
a soma das duas é igual à unidade.
De modo a facilitar o tratamento posterior, os acontecimentos podem ser agrupados nas
seguintes quatro formas: eventos naturais; eventos tecnológicos; eventos políticos e
eventos económicos.
4. A Geopolítica dos Açores na Segurança das Rotas Marítimas. Exemplo
de Caso
As ilhas oceânicas no Atlântico Norte (Hansom, 2010) o um bem escasso,
representando um ativo para a consolidação de várias estratégias de Estados e de
organizações. O Arquipélago dos Açores é um desse conjunto de ilhas. Situa-se na crista
média do Atlântico Norte, sensivelmente a 1.700 km do ponto mais próximo da massa
continental europeia, e a 2.500 km do continente americano. As suas nove ilhas, parte
integrante da República Portuguesa, são constitucionalmente uma Região Autónoma.
Perfazem uma área total de 2.322km
2
, estendem-se por 600 km ao longo do paralelo
38. A subárea dos Açores da Zona Económica Exclusiva (ZEE) portuguesa ocupa uma
área de 957.292km
2
, representando 55% dessa ZEE e 16,3% da ZEE da União Europeia
(Porteiro & Carreira, 2015, p. 82). A Região de Busca e Salvamento Marítimo, SRR Santa
Maria (Açores) atribuída ao Estado português, compreende uma área geográfica de
responsabilidade de 5.181.934 km
2
(Direção-Geral de Recursos Naturais, 2018).
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Os Açores, desde o seu povoamento permanente no séc. XV, que representaram um
ponto de apoio às viagens marítimas entre a Europa e os outros continentes. Nos séculos
XVI e XVII a Armada das Ilhas em articulação com o Provedor das Armadas da Índia,
tiveram a função de nos Açores ajudar e defender as naus portuguesas no seu trânsito
até Portugal continental e sempre que tivessem de recorrer à escala no arquipélago, para
além de recolherem informações sobre a ameaça de piratas e corsários (Godinho, 2002),
muitos dos quais europeus. Por sua vez os próprios corsários e piratas, também usavam
estas ilhas para abastecimento de viveres e água, quer por saque quer por contrabando
(Leite, 2016) . A importância que os Açores assumiram no controlo do Atlântico Norte
intensifica-se no séc. XIX, com a necessidade de abastecimento de carvão aos barcos
movidos a vapor que o atravessavam em determinadas rotas. Os cabos submarino
telegráficos, as bases militares navais e aéreas, os aeroportos civis e a instalação de
infraestruturas de investigação cientifica, continuam a potenciar a importância
geoestratégica dos Açores (Andrade, 2015) (Félix, 2022) (Telo, 1993), como é o caso
da Base Aérea das Lajes e a POLNATO em Ponta Delgada.
Caracterização
A dinâmica dos recursos energéticos é atualmente muito diversificada e fluída. A gestão
desse espaço multidimensional exige um planeamento estratégico a prazo, obrigando os
atores do sistema internacional a exercer em permanência o seu controlo em
coordenação ou disputa com as iniciativas realizadas por parceiros, concorrentes e
adversários.
O gás natural (GN), essencial para a Europa na sua atual transição energética para uma
economia de baixo carbono, tal como outras energias e outros recursos vitais, são um
vetor estratégico para os Estados. O s natural liquefeito (GNL) veio trazer à segurança
do espaço energético europeu enormes desafios, por ser uma complementaridade e
alternativa ao abastecimento por gasoduto, permitindo o seu transporte marítimo
eficiente a partir de origens geograficamente muito distantes, como por exemplo as
offshores dos EUA, Canadá, Camarões, Guiné-Equatorial, Moçambique. Esta situação
permite evitar ou contornar zonas de disputas e de conflitos, e gerar maior liberdade
comercial e de opções negociais. Torna-se por isso necessário assegurar a liberdade de
navegação e a segurança de transporte em zonas estratégicas de passagem (Sousa,
2019), a esses carregamentos, reduzindo-se o risco geopolítico (Vivero & Mateos, 2017).
numa época de transições na estrutura internacional, de alterações climáticas e do
aparecimento de novos atores e novos desafios
Os Açores situam-se nas rotas marítimas de abastecimento à Europa (Figura 2), sendo
por isso potenciais contribuidores estratégicos para a segurança das mesmas, em várias
vertentes.
É neste cenário que que se desenvolverá a análise qualitativa e a determinação
quantitativa da variável dependente Poder Geopolítico Potencial dos Açores.
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Figura 2. Mapa com a indicação das principais rotas marítimas para o transporte de GNL
Fonte: (Boccara, Dediu, & Veillard, 2020)
Construção da Árvore de Sucessos e Determinação do PGP
Os riscos e a segurança associada ao transporte de GNL por via marítima, dependente
de um conjunto diversificado de variáveis independentes. O Quadro 2 indica as mais
importantes.
As probabilidades de falha das variáveis independentes são apresentadas no seguinte
quadro.
A partir do Quadro 2, vão ser utilizados na construção da árvore de eventos apenas os
Eventos Básicos: X1, X3, X4, X5, X8, X9, X11, X13, X14, X15, X17, X18, X19, X20, X21
e X22, pois entende-se que os outros acontecimentos estão relacionados com a
navegação em zonas costeiras continentais, canais interiores e portos de carga e
descarga, portanto não aplicáveis ao cenário em estudo.
Na elaboração do Quadro 4, que serve de base para a construção da árvore de sucessos,
definem-se os eventos intermédios e o evento de topo que se relacionarão, por
intermédio dos operadores booleanos, entre si e com os eventos básicos selecionados,
com base em perceções empíricas e, portanto, passíveis de serem alteradas. Considera-
se que neste caso particular, o evento de topo e intermédios ocorrem se se verificarem
em simultâneo todos os eventos que os compõem.
A relação lógica entre os eventos básicos e intermédios está representada
esquematicamente na seguinte árvore de sucessos.
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Quadro 2. Decomposição em eventos intermédios e básicos, relacionados com os riscos
associados ao transporte de GNL por via marítima
Evento
Principal
(1º nível)
Eventos
Intermédios
(2º nível)
(3º nível)
Segurança
no
Transporte
Marítimo
de GNL (T)
Seguranças Própria
do Transporte e
manuseamento de
GNL (I1)
Segurança dos
Navios e
Equipamentos (I2)
Segurança das
Rotas Marítimas
(I3)
Segurança Inerente da Própria Rota (I4)
Influência do Clima e Estado do Mar (I5)
Baixa Visibilidade(I8)
Efeito da Brisa Marinha
(I9)
Fatores Objetivos (I10)
Segurança de
Portos
Costeiros (I6)
Fatores Subjetivos
(I11)
Ambiente de
Segurança
Marítima (I7)
Influência do Jogo
Político (I12)
Ameaças Não
Tradicionais à
Segurança (I13)
Fonte: Adaptado pelo Autor de (Chang, He, Fan, Guan, & He, 2023)
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Quadro 3. Probabilidade de falha dos Eventos Básicos X1 a X22
Fonte: (Chang, He, Fan, Guan, & He, 2023, p. 14)
Quadro 4. Decomposição em eventos intermédios e básicos, relacionados com Poder Geopolítico
dos Açores, num cenário associado ao transporte de GNL por via marítima
Evento de Topo
(1º nível)
Eventos Intermédios
(2º nível)
Eventos Básicos
Segurança às
rotas marítimas no
transporte de GNL
(T)
Segurança às rotas
marítimas no
Transporte de GNL
(IA)
Apoio à reparação
naval (IA1)
Incêndio e Explosão de
GNL (X1)
Tempestades (X11)
Comportamento Inseguro
do Pessoal em Navios de
GNL (X17)
Salvamentos
marítimos (IA2)
Desempenho de
Segurança de Navios de
GNL (X3)
Manuseio Difícil de Navios
de GNL (X4)
Distância do Percurso (X5)
Proteção militar das
rotas marítimas (IA3)
Fluxo de Tráfego Pesado
no percurso (X8)
Disputas de Soberania
Marítima (X19)
Conflitos Militares (X20)
Pirataria e Ataques
Terroristas (X21)
Ancoradouros para
proteção a condições
adversas (IA4)
Alta Frequência de Ventos
Fortes (X13)
Menos Portos de Descarga
de GNL (X14)
Período Navegável Incerto
(X15)
Má Organização (X18)
Impacto de Epidemias
(X22)
Fonte: Autor
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Figura 3. Árvore de sucessos para a determinação do Poder Geopolítico Potencial dos Açores,
num cenário associado ao transporte de GNL por via marítima
Segurança às rotas
marítimas no
transporte de GNL
Apoio à
reparação naval
Salvamentos
marítimos
Proteção militar das
rotas marítimas
Ancoradouros para
proteção a
condições
adversas
X1
X11
XI7
X3
X4
X5
X8
X19
X20
X21
X13
X14
X15
X18
X22
Fonte: Autor
O valor quantitativo a probabilidade dos acontecimentos intermédios e do acontecimento
de topo apresentadas no Quadro 5. Sendo apresentados os valores sem a quantificação
das alterações de probabilidades dos eventos básicos pelos Açores.
Considerou-se aqui que a área geográfica de influência dos Açores é aquela definida pela
subárea SRR Santa Maria, dentro das zonas marítimas sob soberania e ou jurisdição
portuguesa
1
.
Nem todas as probabilidades de ocorrência dos eventos básicos podem ser melhoradas
através das facilidades proporcionadas pelos Açores. Entendeu-se que acontecimentos
como, por exemplo, Comportamento Inseguro do Pessoal em Navios de GNL (X17), estão
no caso dos incontroláveis, mas na situação de Ondas Altas (X9), o abrigo proporcionado
pelos portos em rota durante tempestades reduz a probabilidade de falhas. Os eventos
X1, X4, X9, X11, X15, X19, X20 e X21 são passiveis de serem melhoradas, para efeitos
de cálculos demonstrativos, atribuiu-se um valor de 30% a esta melhoria.
Ao valor da diferença entre a probabilidade de sucesso do acontecimento de topo;
Segurança às rotas marítimas no transporte de GNL, com e sem a ação geopolítica da
região, designa-se por Poder Geopolítico Potencial (PGP). Neste caso será o PGP dos
Açores para o cenário em estudo.
1
Decreto-Lei n.º 15/94, de 22 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 399/99, de 14 de outubro.
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Quadro 5. Probabilidade Calculada dos Acontecimentos Intermédios e do Acontecimento de Topo
Acontecimentos Intermédios e de Acontecimento
de Topo
Valor calculado
sem a influência
geopolítica da
região
Valor calculado
com a influência
geopolítica da
região
Segurança às rotas marítimas no Transporte de GNL (T)
0,901
0,916
Apoio à reparação naval (IA1)
0,976
0,982
Salvamentos marítimos e de bens (IA2)
0,997
0,998
Proteção militar das Rotas Marítimas (IA3)
0,979
0,984
Ancoradouros para proteção a condições adversas (IA4)
0,946
0,950
Discussão e Conclusões
O principal objetivo deste trabalho é utilizar o modelo da Árvore de Sucessos como
ferramenta de análise na geopolítica, usando os seus resultados para determinar
estratégias que possam maximizar o poder num determinado cenário. Sendo o poder de
um ator na política o valor da diferença entre a probabilidade de ocorrer um evento por
ação desse ator e a probabilidade de o mesmo ocorrer não existindo essa ação (Roberte
Dahl apud Silva, 2024, p. 17), o potencial de poder é o conjunto de instrumentos que o
ator pode utilizar estrategicamente para o obter, e que com esta ferramenta permite
identificar e quantificar a importância relativa dos instrumentos representados pelos
eventos básicos.
No caso analisado, a segurança oferecida pelos portos e ancoradouros marítimos para
abrigo de embarcações em condições de mau tempo, assim como infraestruturas de
salvamento marítimo de pessoas e bens, e o patrulhamento das rotas sobretudo com o
aparecimento de novas marinhas de alto mar, potencia a segurança da navegação, numa
área geográfica onde não é possível repetir essas infraestruturas. A determinação do
PGP, medida da possibilidade de gerar e alcançar resultados, demonstra a utilidade da
aplicação do método. A caraterização quantitativa desse potencial e a identificação das
variáveis que contribuem para a maximização desse valor, assim como o seu controlo,
permite que sobre o modelo que é dinâmico, se efetuem alterações, calibrando os valores
dos eventos básicos, alterando as relações lógicas entre acontecimentos, criando novos
eventos numa reconfiguração de cenários, funcionando assim também como modelo
prospetivo. No cenário analisado verifica-se que os Açores oferecem vantagens
estratégicas, indicadas no Quadro 5. Essas vantagens proporcionam, no caso específico
analisado, um PGP igual a 0,015, o que significa uma melhoria de 2% na segurança da
rota. A alteração do potencial geopolítico é grandemente influenciada pela soberania, no
limite a permissão ou não do uso das áreas soberanas e das infraestruturas locais de
apoio. Para a análise quantitativa usaram-se valores disponíveis em literatura da
especialidade, no entanto, e como propostas de melhoria, a necessidade de calibrar
valores utilizados, com a colaboração de peritos, de forma que a quantificação seja feita
o mais fiável possível para a região em causa, assim como analisar a importância de
decompor alguns dos eventos que se consideraram básicos, de forma a incorporar nestes
também as especificidades locais.
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A validação dos resultados obtidos para o caso estudado pode ser efetuada usando dois
critérios, o critério do número de paragens de navios de transporte de LNG nos portos
açorianos e a análise das contrapartidas políticas obtidas diretamente relacionadas com
PGP específico. Do primeiro critério e utilizando os dados blicos disponibilizados pela
Portos dos Açores,
2
verifica-se que os anos de 2021 a 2024 é frequente a paragem de
navios tanques de LNG para abrigo, transferência de tripulantes e ações de reparação, o
que confirma a importância do arquipélago para o transporte seguro de LNG no Atlântico.
Relativamente ao segundo critério proposto o mesmo exige uma pesquisa mais extensa
que se encontra fora do âmbito deste trabalho.
A combinação do Método da Árvore de Sucessos na análise e quantificação do poder
geopolítico permite obter uma imagem abrangente do impacto da contribuição relativa
de cada uma das diversas variáveis e as suas interações, num determinado cenário,
possibilitando a conceção de estratégias prospetivas e não apenas reativas, de
maximização do PGP. Uma região geográfica com as características dos ores
proporciona vantagens estratégicas, nos cenários dinâmicos das relações internacionais,
havendo, pois, cabimento para a introdução de novas ferramentas na ajuda dessas
análises.
(Nogueira, 2009)
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2
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